Justiça amazonense concede regime semiaberto com tornozeleira eletrônica e ele deixa a cadeia da Delegacia Geral, onde cumpria a pena

O delegado da Polícia Civil do Amazonas, Gustavo de Castro Sotero – condenado a 30 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato do advogado Wilson de Lima Justo Filho, na casa noturna Porão do Alemão – foi liberado pela Justiça amazonense para deixar a carceragem da Delegacia Geral, onde cumpria a pena desde 2019, para ficar em regime semiaberto em casa com tornozeleira eletrônica.
A soltura foi determinada nesta quinta-feira (2) pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM) com base na progressão de regime fechado para o semiaberto do Conselho Nacional de Justiça.
Ele ficará em prisão domiciliar, até que sejam decididas as condições em que cumprirá o regime semiaberto. Em nota, a Justiça ressalta que a progressão de regime para o semiaberto não representa “soltura” do preso. Os apenados do semiaberto, no Amazonas, ficam sob monitoramento eletrônico, explica o TJAM.
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O delegado matou a tiros o advogado Wilson Justo Filho, de 35 anos, dentro da casa noturna da Ponta Negra, em Manaus, em 25 de novembro de 2017, diante de várias testemunhas com a cena toda gravada pelas câmeras de segurança. Nas imagens, amplamente divulgadas, a mulher da vítima aparece caída no chão pedindo para que Sotero não atire no marido, enquanto ele segue com a arma em punho (veja o vídeo).
No julgamento, que ocorreu em novembro de 2019 e durou três dias, a Justiça decidiu que o delegado responderia pelos crimes de: Homicídio qualificado privilegiado do advogado Wilson; Homicídio privilegiado tentado; Lesão corporal de duas pessoas – Maurício Carvalho Rocha e Yuri José Paiva Dácio de Souza, que foram atingidos por disparos durante a confusão no estabelecimento, incluindo a esposa do advogado, Fabíola Rodrigues Pinto de Oliveira.
No dia do júri, Sotero respondeu a interrogatórios do juízo e da acusação. Imagens do momento do crime na casa noturnas foram exibidas ao réu. O delegado afirmou que foi agredido pela vítima e por um amigo do advogado e que chegou a colocar a mão nele (vítima) para que ele parasse com as agressões.