Portal Você Online

Delegado que matou advogado em casa de show,tem pedido de perdão negado pela Justiça amazonense

Gustavo Sotero foi condenado a 30 anos e 2 meses de prisão  e cumpre prisão no regime semiaberto.

Sotero e o advogado Wilson Justo Filho

O juiz Eunilton Alves Peixoto, da 2ª Vara de Execução Penal de Manaus, negou o pedido de indulto natalino apresentado pela defesa do delegado Gustavo de Castro Sotero. O indulto concede o perdão da pena, atendidos os critérios definidos pelos Decretos Presidenciais nº 10.189/ 2019 e 10.590/2020.

Na decisão, de 31 de janeiro deste ano, o juiz Eunilton Peixoto afirma que para que seja possível a concessão de indulto o crime cometido deveria ser enquadrado em excesso culposo ou culposo, quando não há intenção, e ter relação com a função pública exercida de integrante do sistema nacional de segurança pública, no caso de Sotero, delegado de Polícia Civil.

O que não é o caso desta execução penal, pois os delitos foram praticados dolosamente [com intenção] e como verificado na sentença condenatória e explanado em parecer ministerial não há relação na prática dos delitos com a função pública exercida, nem mesmo em razão de risco decorrente da condição funcional ou dever de agir”, diz o magistrado em trecho da decisão.

O crime ocorreu na casa de show “Porão do Alemão”, na zona oeste de Manaus, em 25 de novembro de 2017.

A confusão começou após desentendimento entre Sotero e o advogado Wilson Justo Filho. Testemunhas informaram que o delegado assediou a esposa do advogado.

Wilson Justo agrediu o delegado com socos, que reagiu com cinco disparos seguidos contra o advogado. Outras três pessoas foram feridas.

A defesa alega que o perdão à pena deveria ser concedido a Sotero, pois os crimes praticados por ele guardam relação com a função pública de delegado.

De acordo com o argumento apresentado, a reação de Sotero, “sob o domínio de violenta emoção, logo após injusta provocação da vítima [Wilson Justo Filho]” está ligada, objetiva e subjetivamente, no processo ao fato de o réu ser delegado.

Prisão – Gustavo Sotero foi condenado a 30 anos e 2 meses pelo assassinato do advogado Wilson Filho, pela tentativa de homicídio contra Maurício Carvalho Rocha e por lesões corporais contra Fabíola Rodrigues, viúva de Justo Filho, e Yuri José Paiva. Desde 31 de agosto de 2021, Sotero cumpre a pena no regime semiaberto.

Notícias Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *