
Os brasileiros deportados dos Estados Unidos chegaram no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes de Manaus algemados nas mãos e pés como prisioneiros, sem direito a água e ida ao banheiro. A Polícia Federal comunicou o fato ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, que mandou PF libertarem os passageiros e permitir acesso a comida e banheiros.
Os deportados deste primeiro voo não foram presos na gestão de Trump. Eles haviam sido retirados das ruas ainda na gestão do ex-presidente Joe Biden, que deixou o cargo na última segunda-feira (20). Neste ano, já houve outro voo que pousou no Brasil com pessoas deportadas dos Estados Unidos. Isso aconteceu no último dia 10, ainda na gestão de Biden. Havia 100 pessoas a bordo.
Ainda no sábado (24), o Ministério da Justiça emitiu nota condenando as condições dos braseileiros, que não beberam água e não foram ao banheiro durante o voo dos EUA para o Brasil. “O Ministério da Justiça e Segurança Pública enfatiza que a dignidade da pessoa humana é um princípio basilar da Constituição Federal e um dos pilares do Estado Democrático de Direito, configurando valores inegociáveis”, disse em nota.
A PF informou que proibiu que os brasileiros fossem novamente detidos pelas autoridades americanas. “Os passageiros foram acolhidos e acomodados na área restrita do aeroporto. No local, receberam bebida, comida, colchões e foram disponibilizados banheiros com chuveiros”, informa a Polícia Federal.
Na viagem para o destino final no Aeroporto de Confins, o governo brasileiro assesgurou que os deportados “serão (foram) acompanhados e protegidos pelos militares da FAB e policiais federais brasileiros”.