A Polícia Civil do Rio de Janeiro aprofundou as reconstituições do cotidiano da família da deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD-RJ) para apurar a morte do marido dela, pastor Anderson do Carmo.
Segundo informações reveladas pelo jornal carioca Extra, uma testemunha que trabalhou na casa do casal no fim dos anos 90, revelou ter presenciado crianças sendo punidas com pimenta na boca, além de agressões físicas.
A funcionária morou na casa de Flordelis em Rio Comprido, na Zona Norte do Rio, e ajudava a cuidar dos menores. A testemunha também informou à polícia que adolescentes acolhidos pela pastora trabalhavam e todo o dinheiro era repassado ao casal.
Rituais e sexo
Uma outra testemunha ouvida pela Polícia Civil do Rio disse que a deputada federal praticava uma rotina de rituais secretos no final do anos de 1990. Um homem que também morou na casa da parlamentar durante esse período, acredita que participava de uma seita. Ele citou um suposto “ritual de purificação” para entrar na casa dela.
Além disso, de acordo com ele, Flordelis teria pedido a alguns filhos que cortassem a mão com uma faca e escrevessem com o sangue salmos da Bíblia. Na ocasião, cerca de 30 crianças moravam com a acusada.
O homem disse também que teve relações sexuais com Flordelis, mas não detalhou se esses atos foram extraconjugais, uma vez que a deputada começou a namorar com o pastor Anderson do Carmo em 1993.
A testemunha contou ainda que, certa vez, o pastor Anderson pediu a Flordelis para fazer sexo com uma adolescente que tinha acabado de chegar na casa deles. Segundo ele, a parlamentar teria aceitado.
A deputada Flordelis nega todas as acusações.