O deputado federal Amom Mandel (Cidadania) usou as redes sociais neste sábado (6), após se envolver em uma abordagem policial na zona Leste da capital amazonense que faziam a Operação Impacto naquele momento.
O parlamentar relatou que recentemente entregou um dossiê à Polícia Federal sobre o suposto envolvimento da alta cúpula da segurança pública com o crime organizado e tráfico de drogas, e declarou estar sendo coagido há mais de 15 dias.
O documento, segundo ele, não foi produzido por sua autoria, mas após uma análise minuciosa de sua equipe, decidiram encaminhá-lo às autoridades competentes.
Em um vídeo publicado em uma rede social, Amom Mandel ressaltou que a suposta coação não o fará recuar e afirmou ter solicitado proteção às autoridades competentes.
“O relatório cita o nome de pessoas importantes e poderosas do nosso Estado e, por esse motivo, a possibilidade de o sigilo dele ter sido quebrado pode colocar a minha vida e a das pessoas que trabalham conosco em risco.”, menciona o parlamentar.
Ele destacou que a Polícia Federal está ciente dos culpados e mandantes, caso algo aconteça consigo, com seus familiares ou colaboradores.
“Arma na cabeça”
“Se alguém desse Estado acha que colocar uma arma na minha cabeça ou a arma na cabeça apontada para minha companheira vai me intimidar e me fazer recuar, está muito enganado. A partir de agora, eu quero que todos vocês saibam que, se algo acontecer comigo, com os meus familiares ou entes queridos, a Polícia Federal sabe quem são os culpados e mandantes. A operação pode tardar, mas não irá falhar e vocês serão responsabilizados pelo envolvimento com o tráfico de drogas e o crime organizado.”, declarou Mandel.
Também conforme texto emitido pela assessoria de comunicação do parlamentar, após a denúncia realizada ainda em dezembro, iniciou-se uma sucessão de intimidações decorrentes das supostas irregularidades denunciadas.
“Entre as coerções, estão o vazamento de informações pessoais de seus familiares, a disseminação de informações falsas sobre seu mandato e a abordagem violenta feita por policiais da Ronda Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) enquanto o deputado circulava na Zona Leste de Manaus com sua companheira.”, menciona o texto.
“Eu estou sendo coagido há mais de 15 dias e preciso do teu apoio para jogar tudo no ventilador. Isso tudo após eu entregar um dossiê sobre o envolvimento da alta cúpula da segurança pública do nosso estado com o crime organizado e o tráfico de drogas. Um dossiê que não foi produzido por mim, mas que tem informações tão sérias que, após análise da nossa equipe, nós decidimos encaminhar para a Polícia Federal tomar as devidas providências”.
Amom afirma que a possível quebra do sigilo dos denunciados pode colocar sua vida, de familiares e entes queridos em risco.