Parlamentar indígena da Assembleia Nacional da Venezuela e que integra o Parlamento Amazônico, disse que os índios cruzaram a fronteira do Brasil fugindo o ditador Maduro em busca de comida e sobrevivência
O deputado indígena da etnia Baniva na Assembleia Nacional da Venezuela, Romel Guzamana, afirmou que yanomâmis desnutridos encontrados no Brasil são provenientes da Venezuela. Segundo ele denunciou no Twitter, ele teriam cruzado a fronteira do estado venezuelano de Bolivar com Roraima para escapar do regime do ditador Nicolás Maduro em busca de comida.
“Denuncio a grave desnutrição de nossos irmãos indígenas yanomâmis do Estado Bolivar. Cruzaram ao Brasil em busca de comida, outra violação aos direitos humanos indígenas por culpa do regime de Maduro”, escreveu, repostando imagens de atendimento a indígenas com sinais de desnutrição. Uma das fotografias é da idosa que teria morrido no domingo (22).
“#GraveVenezuela Denuncio la grave desnutrición de nuestros hermanos indigenas #Yanomamis del Edo #Bolivar. Cruzaron a Brasil en busca de comida y se encontraron aislados de la sociedad soberana,otra violación a los DDHH Indígenas por el régimen de Maduro.#26Ene@ONU_derechos“, escreveu o parlamentar venezuelano no Twitter.
Indígena, Guzamana é um dos representantes da Região Amazônica na Assembleia Nacional da Venezuela e também integra o Parlamento Amazônico.
Antes de difundir a versão de que os yanomâmis vieram ao Brasil de seu país, ele disse, em entrevista à Folha de S.Paulo, ter ouvido relato de indígenas. Autoridades brasileiras não confirmam a versão de Guzamana.
O deputado venezuelano integra o partido Vontade Popular, o mesmo a que pertence líder da oposição venezuelana Juan Guaidó, que foi reconhecido como presidente do país em 2019, por várias nações, incluindo Brasil e Estados Unidos, e organizações internacionais, como a Organização dos Estados Americanos.
Entrevistado pelo jornal paulista, Guzamana disse que “os índios não têm fronteiras”. “Na Venezuela não têm sustento, alimentos, remédios. Muitos foram ao Brasil em busca da sobrevivência.”