por: Da Redação NaHoraa
Desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas, Hamilton Saraiva. Foto: MP/AM
O desembargador José Hamilton Saraiva dos Santos, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), revogou a decisão que concedeu prisão domiciliar a Alejandro Molina Valeiko, no fim da tarde desta segunda-feira (7), e determinou a sua imediata prisão temporária por 30 dias.
O magistrado alegou que se Alejandro tem distúrbios psiquiátricos e juntou um laudo particular para justificar um habeas corpus e a prisão domiciliar, “em nada invalida o decreto de prisão preventiva”, disse Saraiva em seu despacho.
Para Hamilton Saraiva, ” uma viagem súbita do requerente, como se já estivesse prevendo que fosse custodiado temporariamente, tanto que foi tido pela própria polícia, ao ensejo de cumprimento, como estando em lugar incerto e não sabido, o que significa dizer tratar-se de um foragido” escreveu o juiz.
O desembargador afirma ainda que a discussão acerca da anormalidade mental de Alejandro ou uso abusivo de drogas ilícitas são questões para serem analisadas posteriormente, não se prestando a uma medida relevante para as investigações policiais. “Até porque se trata de crime praticado por vários autores e com mostras de certa barbaridades, deixando perplexa a própria sociedade”, disse.
Viagem ao Rio – Logo após o crime, Alejandro prestou depoimento, fez exames de corpo de delito no IML e saiu de cena. Em seguida a sua mãe, Elisabete Valeiko, a ” Betinha”, mulher do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, deu entrevista coletiva onde afirmou que o filho não é assassino tinha viajado e estava numa clínica de dependentes químicos em Brasília.
Mas durante o todo o processo e prisão dos outros cinco envolvidos na morte do engenheiro, Alejandro não estava na capital federal e sim no Rio de janeiro, acompanhado por dois funcionários públicos municipais com passagens compradas pela Prefeitura de Manaus, de acordo com o Portal da Transparência.
