
O influenciador digital e designer de moda indonésio Arnold Putra, era o destinatário de uma mão e três placentas humanas destinadas a Singapura. A informação é da Polícia Federal, nesta terça-feira (22), após operação em Manaus que cumpriu mandados de busca e apreensão em um investigação sobre tráfico internacional de órgãos humanos.
Segundo o delegado da PF, Igor de Souza Barros, as investigações identificaram que ele é acostumado a receber encomendas desse tipo.
“Verificamos que esse destinatário já tinha indícios de recebimento de materiais humanos não só do Brasil, mas de outros lugares para fazer artesanato, adornos e peças”, explicou.
Putra é um conhecido designer indonésio em confeccionar acessórios que provocam polêmica como uma bolsa com a alça feita de uma coluna vertebral de criança. Ele afirma que conseguiu o órgão de forma ética, como excedente médico de uma fonte no Canadá.

A peça custa cerca de R$ 26,5 mil e foi lançada em 2016, em Los Angeles. Ela faz parte de uma coleção que contém outros itens polêmicos, como uma jaqueta de couro com costelas humanas “anexadas artesanalmente”, segundo descrição da página By Arnold Putra no Instagram. A tiragem é limitada em dez peças.

Operação Plastina
Um professor da Universidade Federal do Amazonas (UEA) é investigado na operação da PF, nesta terça-feira em Manaus, suspeito de envolvimento de tráfico internacional de órgãos humanos. PF investiga o enviou de uma mão e placentas humanas do Laboratório de Anatomia da instituição e enviado para Singapura, na Ásia.