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Diretor-geral do Denit viaja pela BR-319 e vê condições precárias da estrada

atuais condições da rodovia. Foto: Associação dos Amigos e Defensores da BR-319

O Diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura Rodoviária (Denit), general Santos Filho, e o diretor de Infraestrutura Rodoviária, Lucas Vissotto, sentiram na pele a experiência dos motoristas que trafegam diariamente pela BR-319 (Manaus – Porto Velho). Eles fizeram o trecho entre a capital amazonense e a cidade de Humaitá (AM) para acompanhar in loco o trabalho de manutenção ao longo da rodovia interestadual, nesta terça-feira (7), numa visita técnica com o objetivo de melhorar a trafegabilidade da rodovia.

Castigada pela chuva do inverno amazônico nesse período do ano, a estrada sofre ainda com os impactos da cheia recorde e histórica dos rios do Amazonas, que invadiram e destruíram alguns trechos. Até o final do mês, está prevista a reconstrução de vários pontos ao longo da parte pavimentada de 200 km no município do Careiro Castanho, localizado na Região Metropolitana de Manaus.

As equipes do DNIT trabalham na recuperação de um bueiro no km 125 com obra de contenção da erosão, implantação de novo dispositivo de drenagem, elevação do aterro para recomposição da plataforma, além da reconstrução das camadas do pavimento.

Apesar das atuais condições, ônibus da empresa Aruanã e Trans Brasil fazem a linha regular entre a cidade amazonense de Lábrea – Manaus e Porto Velho-Manaus, respectivamente. O tráfego de caminhões é intenso e uma viagem que seria feita em horas pode durar dias, dependendo das condições da estrada – piores num trecho de 400 km entre o Careiro Castanho e Humaitá, que depende de decisões judiciais para ser asfaltado há anos.

Tráfego de caminhões é intenso na estrada, apesar das condições.Foto:Associação dos Amigos e Defensores da BR-319

O governo federal tem um projeto de rodovia sustentável para a conclusão da BR-319, inaugurada nos anos 70, e que está em análise no Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama), assim como estudos de. impactos ambientais nessa região IEA-Rima.

A obra sofre com intervenções de ativistas ambientais e de estudos contrários que contribuem para o impasse sobre a obra e a manutenção do isolamento de Manaus. Atualmente a capital da Amazônia brasileira, com um dos maiores polos industriais do país, enfrenta um gargalo logístico para abastecer suas indústrias com insumos por via aérea ou marítima, de maior custo.

Recentemente, em um caso mais dramático, Manaus ficou sem oxigênio na sua rede hospitalar pública e privada e o produto levou dias para chegar por via fluvial de outros estados. Por via aérea a capacidade dos aviões cargueiros da Força Aérea Brasileira era limitada e teve de ser feita uma ponte aérea com cinco voos diários, que mesmo assim não atenderam a demanda. Na ocasiao, um comboio de sete caminhões, cada um transportando o equivalente a carga de cinco aviões, levaram quatro dias de Porto Velho até a capital amazonense.

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