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Pela segunda noite consecutiva, o Arthur Ashe Stadium foi palco da eliminação de um dos principais favoritos ao título na chave masculina do US Open. Um dia depois de Carlos Alcaraz se despedir ainda na segunda rodada em Nova York, foi a vez do tetracampeão Novak Djokovic perder na terceira fase em Nova York. O sérvio foi superado pelo australiano Alexei Popyrin, 28º do ranking, com parciais de 6/4, 6/4, 2/6 e 6/4 em 3h18 de partida.
Djokovic não perdia antes das oitavas de final de um Grand Slam desde 2017, quando caiu na segunda rodada da Austrália. Aquele também havia sido o último ano que o sérvio não conquistou nenhum Slam, o que se repete em 2024. Campeão em Nova York nos anos de 2011, 2015, 2018 e 2023, o atual número 2 do mundo não perdia antes das oitavas desde 2006.
Popyrin vive o grande momento da carreira aos 25 anos. No início deste mês de agosto, o australiano conquistou seu primeiro Masters 1000 em Montréal, eliminando três top 10 na semana, Grigor Dimitrov, Hubert Hurkacz e Andrey Rublev. O australiano marca sua décima vitória contra top 10 na carreira e a quinta no ano e conseguiu superar Djokovic pela primeira vez em quatro jogos.
Classificado para as oitavas de final de um Grand Slam pela primeira vez, Popyrin enfrenta na próxima fase o norte-americano Frances Tiafoe, 20º do ranking. O confronto é inédito no circuito e Tiafoe já foi semifinalista do torneio em 2022.
O jogo
Em jogo que começou com domínio dos sacadores nos primeiros games, Popyrin saiu de um 0-40 e ainda salvou mais dois break-points antes de buscar o empate por 3/3. O australiano também teve trabalho para manter o saque no oitavo game. Até então, Djokovic só havia perdido quatro pontos em seus games de serviço, mas Popyrin teve um final de set impecável e fez oito pontos seguidos para fechar a parcial.
A vantagem de Popyrin ficou ainda maior no segundo set, em que ele não enfrentou break-points e cedeu apenas seis pontos nos games de saque. Além disso, quando colocou o primeiro serviço em quadra, venceu 14 pontos em 16 possíveis. Novamente a parcial teve apenas uma quebra. O australiano abriu 4/2 e soube administrar a vantagem, além de fazer bom uso do saque e voleio para abrir 2 sets a 0 no placar.
Naquele momento do jogo, Djokovic ia em busca de sua nona virada partindo de dois sets abaixo e já sabia que precisaria da 41ª vitória em duelos de cinco sets. Popyrin, por sua vez, tentava manter a confiança, construída desde a campanha vitoriosa em Montréal. O sérvio foi superior no terceiro set, conseguiu três quebras e ensaiava uma reação.
Na abertura do quarto set, Popyrin salvou dois break-points. E Djokovic parecia ter encontrado o tempo de bola ideal para as devoluções. Mas a instabilidade do sérvio no saque, com 14 duplas faltas na partida e 6 no último set, custou caro. Em dois games muito longos, permitiu quebras ao adversário, que abriu 5/2 no placar.
Ainda que o australiano tenha perdido a primeira chance de sacar para o jogo, a vantagem construída possibilitou a ele ter uma nova chance de fechar a partida em seu serviço.
