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Dnit conclui aterro e libera fluxo em um dos trechos onde pontes caíram no AM

O trecho onde a ponte que caiu sobre o Rio Autaz Mirim, no km 25 da BR-319 (Manaus-Porto Velho), na altura do Careiro Castanho, no último dia 8, foi liberado para o tráfego de veículos, nesta terça-feira (25), segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A autarquia havia se comprometido em liberar o tráfego até o último fim de semana.

Por meio de nota, o Dnit informou que o aterro de 30 metros de extensão no local desde garante a travessia do rio pelos pedestres e veículos leves e pesados.

Apesar da liberação do trecho, ainda está sendo realizada a sinalização vertical e dispositivos de segurança para controlar o fluxo.

Durante a semana, serão instaladas as placas de advertência, alertando sobre as lombadas nos acessos à passagem e também sobre o limite de velocidade, que será de 20 km/h.

“O trecho opera em ambos os sentidos. E até que os demais dispositivos de segurança sejam instalados o fluxo de veículos e pedestres será monitorado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) para garantir a segurança dos usuários”, informou o Dnit por meio de nota.

Trecho sobre Rio Curuçá

Com relação à transposição sobre o Rio Curuçá, o Dnit informou que já executou os acessos necessários para a atracação da balsa que irá realizar a travessia. A operação deste serviço está a cargo da ANTAQ.

No trecho do Rio Curuçá, uma rampa de acesso foi construída para que os veículos desçam, embarquem em uma balsa que fará a travessia para o outro lado, e sigam viagem.

Mas a balsa ainda não chegou ao local. Nos próximos dias, ela deve ser içada e colocada em uma carreta para ser transportada até o Rio Curuçá.

“O departamento publicou na edição do Diário Oficial da União (DOU) do dia 11 de outubro, as portarias que decretam situação de emergência de ambas as pontes. A partir da decretação de emergência, o Dnit tem autorização para realizar a contratação dos serviços para a reconstrução das estruturas”, finalizou o Dnit.

Prejuízos

Sem a conclusão das obras pelo órgão, a travessia de pedestres segue sendo feita por água. A Defesa Civil do Estado disponibilizou barcos para o transporte de pedestres, mas situação é precária.

Além de afetar mais de 100 mil pessoas, a queda das pontes tem provocado desabastecimento de alimentos e remédios em três cidades do Amazonas: Careiro da Várzea, Careiro – conhecido como Careiro Castanho – e Manaquiri.

Queda das pontes

As duas pontes desabaram na rodovia federal – a principal via de acesso terrestre do Amazonas para outras regiões do país, em um intervalo de dez dias:

  • No dia 28 de setembro, a ponte sobre o Rio Curuça despencou, deixando quatro mortos e mais de 10 feridos. Uma pessoa segue desaparecida.
  • Já no dia 8 de outubro, a apenas 2 quilômetros do local onde ocorreu o acidente, a ponte sobre o Rio Autaz Mirim desabou poucas horas após ser interditada. Ninguém ficou ferido.
As pontes Autaz Mirim e sobre o Rio Curuçá desabaram na BR-319, no Amazonas — Foto: Associação de Amigos e Defensores da BR-319/Divulgação e Wiliam Duarte/Rede Amazônica

Histórico

Criada durante a Ditadura Militar, a BR-319 surgiu com a proposta de integrar o Amazonas ao restante do país, mas sofre há décadas com falta de estrutura para tráfego.

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