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Dom e Bruno: entidade indígena contesta investigação da PF

Crimes no AM: Univaja contesta versão da PF de que não houve mandante

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) contestou hoje (17) a investigação da Polícia Federal de que não há mandante no assaassainto do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira, no Vale do Javari, no oeste do Amazonas.

De acordo com as investigações da PF, os suspeitos agiram sozinhos, sem “mandante ou organização criminosa”.

A entidade indigenista, sem provas do contrário que aponta a investigação policial, contesta a conclusão.

“O requinte de crueldade utilizado na prática do crime evidenciam que Pereira e Phillips estavam no caminho de uma poderosa organização criminosa que tentou à todo custo ocultar seus rastros durante a investigação”, escreveu a entidade em nota divulgada nesta sexta-feira (17).

Desde o segundo semestre de 2021, de acordo com a Univaja, ofícios apontam a existência de um grupo criminoso organizado atuando nas invasões constantes na reserva do Vale do Javari.

A Univaja afirma que os dois principais suspeitos de envolvimento no assassinato, os irmãos Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”, e Oseney da Costa de Oliveira, o Dos Santos, fazem parte desse grupo criminoso.

A Polícia Federal chegou até a investigar um possível envolvimento do traficante peruano Rubens Villar Coelho, conhecido como “Colombiano”, que teria seus interesses contrariados na fronteira tríplice do Brasil com o Peru e a Colômbia, na região onde esá localizada a reserva indígena.

Colômbia teria ligação direta com os dois irmãos presos pela PF. Um tio de Amarildo, que atua como líder comunitário, também é apontado como “funcionário” do traficante. Até o momento, cinco pessoas são investigadas por envolvimento nas mortes.

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