
O domingo foi de manifestações por todo o Brasil a favor do ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, contra a Lei de Abuso de Autoridade e os ministros do Supremo Tribunal Federal, com destaque para Gilmar Mendes e Dias Toffoli, este presidente da mais alta corte brasileira.
Em Brasília, manifestantes ocuparam a Esplanada dos Ministérios, a partir das 10h, com camisas em verde e amarelo e com bonecos infláveis, do ministro Moro (de Superhomem) e dos ministros do STF. Em pauta, críticas à lei de Abuso de Autoridade e pedidos de impeachment do presidente do STF Dias Toffolii.
Os movimentos responsáveis pela organização dos atos são, entre outros, Avança Brasil, Direita São Paulo, Brasil nas Ruas e Vem Pra Rua, que marcou protestos em pelo menos 79 cidades, incluindo as principais capitais do país. Cidades do exterior, como Boston, nos Estados Unidos, e Lisboa, em Portugal, também terão atos.
Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre e Curitiba registraram ataques ao STF e cobranças para que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) vete totalmente a Lei de Abuso de Autoridade. Os atos em todo o país foram convocados pelas redes sociais.
Na capital federal, no Recife e no Sul, também estavam na pauta o apoio à indicação do coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, para a Procuradoria Geral da República (PGR), a transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para penitenciária em São Paulo, além do impeachment do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli.

Em BH, sanitários químicos alugados por fundadores do Patriotas, que participaram da organização do ato junto com o movimento Vem Pra Rua, tiveram cartazes pregados com a inscrição “STF – Sanitário Togado Fedorento”. Pela primeira vez em atos pró-Bolsonaro em BH, ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficaram em segundo plano.
“As pessoas elegeram Jair Bolsonaro para ele mudar o que vinha ocorrendo no País em relação à corrupção”, afirma a coordenadora do Vem Pra Rua na cidade, Kátia Pegos, que acredita em possível perda de apoio da população ao presidente caso a lei não seja vetada integralmente.
Para a militante, as instituições estão querendo se blindar contra investigações. “Há indícios de que o presidente não está sendo tão incisivo como deveria nesta questão. Bolsonaro não tem que ter medo de enfrentar deputados, senadores ou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O povo está com ele”, disse.
Mensagens eram exibidas e lidas por manifestantes do alto de um caminhão de som do Vem Pra Rua na capital mineira. “Não elegemos Bolsonaro para abafar investigações contra bandidos”, dizia uma delas. “Veta tudo, Bolsonaro”, afirmava outra. Faixas e cartazes também cobravam o veto do presidente à lei.
Vejam onde aconteceram as manifestações:
São Paulo: 14h, na Avenida Paulista
Rio de Janeiro: 10h, na Orla de São Conrado – Avenida Prefeito Mendes de Moraes
Salvador: 9h, no Farol da Barra
Brasília: 10h, em frente ao Congresso Nacional
Vila Velha: 15h, na Praça do Ciclista na Praia de Itaparica
Goiânia: 15h, na sede da Polícia Federal
Belo Horizonte: 10h, na Praça da Liberdade
São Luís: 9h30, na sede da Polícia Federal – Cohama
Cuiabá: 16h, na Praça Ipiranga
Belém: 8h, na escadinha da Estação das Docas
João Pessoa: 15h30, no Busto de Tamandaré
Recife: 14h, na Padaria Boa Viagem
Teresina: 16h, na Ponte Estaiada
Curitiba: 15h, na Boca Maldita
Natal: 15h, na Midway
Porto Velho: 17h, no Espaço Alternativo
Porto Alegre: 15h, no Parcão
Maceió: 9h, na Praça Vera Arruda
Manaus: 16h, em Ponta Negra
Aracaju: 15h, na Praça Luciano Barreto Júnior
Palmas: 16h, na Praça dos Girassóis