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El Niño deve deixar o Amazonas mais seco e quente, diz meteorologia

O El Niño – fenômeno natural caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico na sua porção equatorial – deve deixar o Amazonas mais seco e quente por um período mais longo, segundo a análise da meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Andrea Ramos.

Segundo ela, por não haver estações bem definidas na região Norte, como primavera, outono e inverno, períodos menos chuvosos seguirão ao longo dos próximos meses.

Mesmo com a possibilidade de chuvas isoladas devido à migração de uma frente fria, ainda será possível a chegada de efeitos do El Niño, o qual afetará a umidade da região e provocará secas.

“Nos meses de julho e agosto, no estado do Amazonas, ou grande parte da região Norte, as chuvas serão poucas e consequentemente, a temperatura se eleva”, disse.

De acordo com dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o Amazonas lidera a área total de seca.

Entre os meses de março e abril, o aumento da área afetada pelo fenômeno passou de 3,38 milhões de quilômetros quadrados para 3,68 milhões de km², o que equivale a 43% do território brasileiro.

Embora o efeito sobre os meses de março e abril tenha sido alto, o estado teve uma diminuição da área da seca de 53% para 41%. Desde sua entrada no Mapa do Monitor, em dezembro de 2022, essa é a menor área de seca no Amazonas.

Em 2015 e 2016, a influência do El Niño acarretou na dificuldade de locomoção por rios, uma vez que muitos secaram nesse período. Conforme o meteorologista, esse acontecimento poderá ocorrer novamente a partir do mês de setembro.

“Os rios começam a secar e isso pode também, de uma certa forma, trazer algum impacto em termos de economia e também na agricultura. Principalmente nas pessoas que são conhecidas como os ribeirinhos”, alerta a meteorologista.

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