O atual presidente também seria eleito contra o ex-governador Ciro Gomes (PDT) e o governador de São Paulo, João Dória (PSDB)
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A primeira pesquisa realizada após a decisão do ministro do STF, Edson Fachin, que anulou as condenações do ex-presidente Lula na Lava Jato de Curitiba, aponta o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como favorito nas eleições 2022, segundo a pesquisa Exame/Ideia.
Em todos os cenários apresentados, o atual presidente é o candidato com mais intenções de voto, tendo pelo menos sete pontos de vantagem contra Lula e o apresentador de televisão, Luciano Huck (sem partido).
Segundo a pesquisa, no primeiro turno, Bolsonaro tem 12 pontos a mais em relação à Lula. Já no segundo turno, o presidente seria reeleito com sete pontos à frente de seus principais rivais.
Ao todo, 1.000 pessoas foram ouvidas nos dias 10 e 11 de março. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Questionados se tinham conhecimento sobre o julgamento que tornou Lula apto à concorrer nas eleições presidenciais em 2022, 73% responderam que sim.
“Jair Bolsonaro segue favorito, mas não será simples nem para ele nem para o ex-presidente Lula. Há uma demanda evidente de opinião pública por uma terceira via. Maior mesmo se comparada aos tempos da polarização PT-PSDB. Só falta a oferta”, avalia o fundador do instituto de pesquisa Ideia, Maurício Moura.
Para o primeiro turno, três possíveis cenários foram testados, sendo que Lula e Bolsonaro foram apresentados em todos eles, e os dois candidatos são os que têm mais chances de disputarem um segundo turno.
Os entrevistados também foram perguntados se o atual e o ex-presidente merecem um novo mandato. Para 48% deles, Bolsonaro não merece ser reeleito, enquanto 46% acreditam que Lula não deve ter um terceiro mandato.
Quanto a um eventual segundo turno, foram testados quatro cenários distintos. Caso a disputa seja entre Bolsonaro e Lula, o atual presidente tem 44% das intenções de voto, enquanto Lula tem 37%. Já contra Luciano Huck, Bolsonaro teria uma vantagem um pouco maior, de 46% contra 37%.
O atual presidente também seria eleito contra o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT) e o governador do estado de São Paulo, João Dória (PSDB).
No primeiro cenário, Bolsonaro teria 45% dos votos, enquanto Gomes teria 34%. No segundo, Bolsonaro receberia 47% dos votos e Dória teria apenas 26%.
Moura acrescenta que, para que Lula consiga crescer nas pesquisas, é necessário convencer a população com maior renda. “Além disso, para 54% dos brasileiros a anulação da sentença de Lula foi injusta. O consenso no imaginário da opinião pública sobre sua inocência é minoritário. O PT e Lula terão de reconquistar a classe média”, explica.