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Eleições ‘democráticas’: Lula defende a ‘presunção de inocência’ para Maduro

Lula pede ao mundo “presunção de inocência” em eleição na Venezuela

O presidente Lula (PT) celebrou hoje que as eleições na Venezuela foram marcadas para 28 de julho e pediu “presunção de inocência” para o ditador Nicolás Maduro, que anulou a oposição no pleito. O petista falou durante evento com o presidente de governo da Espanha, Pedro Sánchez.

Lula defendeu que “não se pode colocar dúvidas antes de as eleições acontecerem”. “Eu acompanho a eleição na Venezuela desde 2000”, disse.

O ditador, aliado de Lula que está no poder desde 2013, busca a reeleição em julho depois de usar a Justiça do país para neutralizar a oposição. Ele prometeu eleições justas, mas o pleito é cercado de desconfiança internacional após a prisão da líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, por ‘traição à pátria’.

O brasileiro disse ainda que Maduro prometeu “olheiros do mundo inteiro” para acompanhar a votação. Pairam suspeitas após a prisão da ex-deputada María Corina Machado, em dezembro, principal candidata da oposição, considerada inelegível pela Suprema Corte venezuelana em janeiro.

“O que eu posso esperar? Que haja as eleições para a gente saber se elas foram democráticas ou não. A gente não pode já começar a jogar dúvida antes de as eleições acontecerem. Porque aí começa a ter um discurso de que vai prever antecipadamente que vai ter problema. Nós temos que garantir a presunção de inocência até que haja as eleições”, explicou.

Lula recebeu Sánchez para reunião bilateral no Palácio do Planalto. Os dois assinaram termos de cooperação nas áreas de telecomunicações, infraestrutura, ciência e tecnologia. Hoje ainda há um almoço entre as comitivas no Itamaraty e uma visita do espanhol ao Congresso.

Eleições na Venezuela

Lula demonstrou dar um voto de confiança ao aliado venezuelano e mentiu ao comparar a situação de Corina à sua em 2018, quando estava preso condenado em três instâncias da Justiça brasileira por corrupção. “Eu fui impedido de concorrer em 2018. Em vez de ficar chorando, eu indiquei outro candidato”, disse Lula ao lado de Sánchez, se referindo a Fernando Haddad, seu atual ministro da Fazenda, que foi derrotado.

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