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Eleitor protocola pedido de cassação do prefeito de Coari Adail


Material apreendido na Operação “Patrinus” pode colacar mais pessoas atras das grades, e complicar ainda mais Adail FiIho

 A Câmara Municipal de Vereadores de Coari deverá analisar e votar o pedido de cassação do Prefeito Municipal Adail Filho (PP) e do presidente da Câmara Municipal de Coari Keitton Pinheiro (PP) por quebra de decoro.

A denúncia foi protocolada nesta terça-feira (1) pelo morador do município, Samuel Hilton Marinho Nunes, junto ao poder legislativo, que alega que o prefeito e o vereador, presos da Operação Patrinus suspeitos de envolvimento em esquema que desviou R$ 100 milhões em Coari, não podem continuar exercendo os cargos.

Se a denúncia for acatada será iniciado o processo de cassação do mandato do prefeito e do vereador, com a formação de uma Comissão Processante (CP). Ainda no pedido protocolado para melhor andamento do processo e para que não haja qualquer obstrução para sua conclusão, pede-se desde logo, o afastamento de ambos do cargo pelo prazo de 90 dias, até o parecer final da Comissão processante.

Caso a cassação seja confirmada teremos novas eleições em Coari.

Foto: Divulgação Internet


Material apreendido na Operação “Patrinus” pode colacar mais pessoas atras das grades, e complicar ainda mais Adail FiIho

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) iniciou nesta segunda-feira, (30), o deslacre de todo material apreendido durante a ‘Patrinus’, deflagrada na última quinta-feira, em Manaus e Coari. É parte essencial para a colheita de provas, como avalia a Procuradora-Geral de Justiça Leda Mara Nascimento Albuquerque.

“Hoje pela manhã foi ouvido um dos envolvidos, mas ainda há a necessidade de oitiva dos demais. O Gaeco vem trabalhando de forma muito intensa, com muito comprometimento, com muita responsabilidade, para que esse período de colheita de provas se conclua o mais rápido possível”, disse a Procuradora-Geral.


O material que foi apreendido vai ser cuidadosamente periciado. São Computadores, mídias eletrônicas, aparelhos celulares e documentos que vão ser analisados com a participação posterior da Controladoria-Geral da União, órgão com o qual o MPAM faz cooperação técnica para atuar nas investigações desta operação.

“O GAECO continuará as oitivas dos investigados. Além disso vamos continuar a cerimônia de deslacre do material apreendido para que possamos iniciar a análise de todo material que foi objeto de busca e apreensão. O objetivo é principalmente entender como funcionava a organização criminosa e proceder a individualização das condutas criminosas”, declarou o Promotor Cláudio Tanajura.

Prisões mantidas:
O TJAM deferiu pedido do Ministério Público do Amazonas (MPAM) e prorrogou as prisões temporárias do prefeito do município de Coari, Adail José Figueiredo Pinheiro; do empresário Alexsuel Rodrigues; do sargento PM e assessor do prefeito, Fernando Lima e do vereador e presidente da Câmara Municipal de Coari, Kleiton Batista. Nos autos, os mandados de prorrogações das prisões temporárias foram assinados nesta segunda-feira (30) pela magistrada, a quem foi distribuído o processo.

“O Ministério Público fez o pedido entendendo que há necessidade de robustecermos o procedimento investigatório. Pra garantia da colheita de provas nessa fase da investigação, nós entendemos que a prorrogação das prisõe se faz imperiosa”, avaliou a Procuradora-Geral de Justiça.


Em nota à imprensa divulgada na última sexta-feira (27), a desembargadora Carla Reis informou que diversos pedidos e diligências solicitados pelo MPAM foram exaustivamente apreciados dentro de um arcabouço probatório contidos nos autos e resultaram na decretação das quatro prisões temporárias e de aproximadamente 80 mandados de busca e apreensão, domiciliar e pessoal.

Tais mandados foram cumpridos em Manaus e no município de Coari em desfavor de membros dos poderes Executivo e Legislativo Municipal, além de empresas do ramo privado e de seus sócios. A relatora do processo afirmou que o processo deixou o status de ‘sigilo absoluto’ e migrou para o de ‘segredo de Justiça’, sendo concedido a todas as partes processuais o devido direito de defesa e pronunciamento nos autos, com acesso irrestrito aos advogados ou de quem tem procuração como representantes das partes

.‘Patrinus’


As investigações duraram cerca de 18 meses, tempo suficiente para que a força-tarefa, formada por pelo menos 4 Promotores de Justiça do GAECO, reforçada pelos promotores que atuam na comarca de Coari, reunisse material suficiente para sustentar os pedidos de prisão temporária, busca pessoal e de busca e apreensão, feitos pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM) e aceitos pelo Tribunal de Justiça do Estado.

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