O acesso será improvisado com a construção de “pontes semipermanentes” com tabuleiro e colunas de madeira ou concreto

O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura no Amazonas (Dnit), Luciano Moreira de Sousa Filho, disse, em audiência pública na Assembleia Legislativa do Amazonas, nesta terça-feira (13), que a reconstrução das pontes sobre os rios Curuçá e Autaz Mirim, na BR-319 (Manaus – Porto Velho), não será entregue dentro do prazo, em outubro próximo, como o previsto no contrato com as empresas.
O acesso será improvisado com a construção de “pontes semipermanentes” com tabuleiro e colunas de madeira ou concreto, de apenas um sentido.
A passagem de veículos será controlada em um sentido de cada vez. O prazo para serem construídas é até outubro deste ano.
“A gente pretende, até outubro, que é quando termina os contratos das travessias, que essas pontes já estejam construídas, tanto no Curuçá, quanto no Autaz Mirim. Mesmo assim, o tráfego ainda não volta ao normal, porque nessas pontes só passa um veículo em uma mão”, disse Luciano.
Segundo o superintendente, as obras tiveram atraso por causa da cheia dos rios, que, consequentemente, paralisou a remoção dos escombros das pontes. Luciano Moreira disse que as pontes provisórias serão construídas durante a vazante, mas não definiu data para o início das obras.
O superintendente afirmou ainda que o primeiro passo para a reconstrução definitiva das estruturas será a implantação de fundações submersas, que, segundo Luciano Moreira, devem ser aprovadas pelo Dnit em uma semana para que sejam colocadas de forma imediata e que o processo da ponte sobre o rio Curuçá está “praticamente concluído”.
Deputados cobraram o Dnit sobre a demora em apresentar explicações sobre o andamento das obras. “Depois de onze solicitações, o Dnit retorna ao parlamento. A promessa era de que em um ano as pontes estariam construídas. A economia está colapsada.
O custo de vida amazônica, que já não é fácil, piorou.”, disse o deputado Wilker Barreto (Cidadania-AM).
“Eu, sinceramente, esperava ouvir aqui que seriam construídas duas pontes para permitir que o ‘ir e vir’ seja com celeridade. Não uma única ponte. Claro, vai ser melhor do que essa fila, certamente, mas falta coordenação no local”, disse Dan Câmara (PSD-AM).
Fim dos contratos
Os contratos com as empresas que operam a travessia nos rios Curuçá e Autaz Mirim termina no dia 10 de outubro deste ano.
Segundo Luciano Moreira, os convênios não serão renovados. “Nós não vamos renovar contrato com essas empresas [que fazem a travessia]. Nós vamos construir as pontes provisórias. Uma mão resolve. Vai ter filas? Vai. Mas bem menores”, disse.
O superintendente disse que a responsabilidade de fiscalizar a travessia é da Agência Nacional de Transportes Aquaviários e da Marinha.
O Dnit informou que o Instituto de Pesquisas Tecnológicas faz estudos geotécnicos e hidrológicos para saber as causas da queda das pontes.