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Em crise, prefeitura do Rio suspende pagamentos

Foto: Reprodução

A Prefeitura do Rio suspendeu todos os pagamentos e demais movimentações financeiras até segunda ordem. É o que informa uma resolução publicada nesta terça-feira (17) no Diário Oficial do Município. A medida afeta o depósito da segunda parcela do 13º salário dos servidores.

O documento, assinado pelo secretário municipal de Fazenda, Cesar Augusto Barbiero, determinou o congelamento do Tesouro às 14h desta segunda (16)..

Em nota, a Prefeitura do Rio informou que a medida tem como objetivo ajustar o caixa do município, em função dos arrestos determinados pela Justiça para pagar aos terceirizados da Saúde.

“O procedimento é pontual e pode ser revertido a qualquer momento”, diz o comunicado.

No total, a Justiça determinou, até o momento, o arresto de R$ 420 milhões, mas na prática encontrou pouco mais da metade desse valor — R$ 223 milhões. Um novo bloqueio, de R$ 164 milhões, foi decretado nesta terça (17).

Crise fiscal

No dia 5 desse mês, o RJ2 antecipou que o déficit da Prefeitura do Rio esse ano poderia ser o maior desde que o prefeito Marcelo Crivella assumiu o cargo.

A TV Globo teve acesso ao saldo da Prefeitura e mostrou que a situação financeira do município se agrava. Em 2019, o caixa já aparece no negativo entre agosto e setembro.

Prefeitura do Rio deve fechar o ano com o maior déficit orçamentário da gestão de Marcelo Crivella. — Foto: Carlos Brito

Prefeitura do Rio deve fechar o ano com o maior déficit orçamentário da gestão de Marcelo Crivella.
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Colapso na Saúde

Médicos, enfermeiros e outros profissionais contratados por organizações sociais (OSs) que fazem a gestão de unidades de saúde estão há dois meses sem salários. Hospitais municipais estão lotados, e há falta de insumos e medicamentos. Em meio à crise, pacientes vivem o drama na peregrinação por atendimentos.

Na semana passada, o prefeito Marcelo Crivella pediu ajuda do governo federal, e o Ministério da Saúde se comprometeu a repassar R$ 152 milhões em duas parcelas: uma de R$ 76 milhões na quarta-feira (18) e o restante até 15 de janeiro.

Além disso, para garantir que todos os profissionais terceirizados da saúde recebam os salários atrasados, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou o sequestro de R$ 300 milhões das contas da prefeitura. Ao total, foram encontrados nas contas R$ 92 milhões até a tarde desta segunda (16).

O desembargador César Marques Carvalho, vice-presidente do TRT, determinou, então, a transferência imediata de mais de R$ 76 milhões para as organizações sociais responsáveis pelos hospitais municipais Pedro II, Albert Schweitzer, Evandro Freire e Mariska Ribeiro.

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