O presidente também criticou a imprensa e disse que quer limitar entrevistas de ministros
O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje (27), durante sua live semanal no Facebook, que não está estimulando protestos contra o Congresso Nacional e o Judiciário, e pediu “serenidade” e “responsabilidade”. Ele refutou informações, veiculadas nos últimos dias, pela imprensa, de que estaria apoiando atos previstos para o próximo dia 15 de março, e que teriam, entre as pautas anunciadas, de acordo com as notícias, pedidos de fechamento do Legislativo e do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Eu não vi nenhum presidente de Poder falar sobre essa questão do dia 15, que eu estaria estimulando um movimento contra o Congresso e contra o Judiciário, não existe isso. Não falaram porque não existe isso. Agora, nós não podemos nos envenenar com essa mídia podre que nós temos aí, em grande parte…. Eu apelo a todo mundo, serenidade, patriotismo, responsabilidade, verdade. Nós podemos mudar o destino do Brasil. Não vou falar bem do meu governo, você que julga na ponta da linha. Pode ter certeza que, cada vez mais, os chefes de Poderes vão se ajustando, porque a nossa união, são quatro homens, quanto mais ajustados nós tivermos, nós juntos podemos fazer um Brasil melhor para 210 milhões de pessoas”, afirmou.
O presidente disse ainda que -não irá renunciar ao seu mandato- e também não gastará dinheiro com veículos jornalísticos. -Graças a Deus, nós temos hoje as mídias sociais. Custo zero-, disse.
Bolsonaro disse que respeita os Poderes e que quer ver os projetos enviados pelo governo sendo votados no Congresso Nacional. Segundo ele, como boa parte das suas iniciativas depende do Legislativo, ele acaba sendo cobrado pela população mais do que os parlamentares. “Não existe qualquer crítica a Poderes, agora eu tenho que dar uma satisfação porque na ponta da linha o povo cobra muito mais de mim do que do Legislativo ou do Judiciário”.
Bolsonaro também afirmou que pedirá a ministros para que não deem entrevistas a empresas jornalísticas que considera hostis ao Planalto. Entre os veículos que disse considerar que os ministro poderão falar está a CNN Brasil. Descartou a Globo.
-“Eu, por exemplo, parei de dar entrevista aqui na frente. Por que? Deturpam tudo. Se bem que nós gravamos, divulgamos, isso é bom. Mas deturpam tudo, o tempo todo busca aí confusão. A mídia não faz –como regra, não são todas– uma matéria séria mostrando a verdade do que está acontecendo. Está pra ser inaugurada uma nova TV, a CNN Brasil. Pelo o que eu estou sabendo, vai ser uma rede de televisão diferente da Globo, pelo que eu estou sabendo. Torço para que isso seja real, para que a gente possa destinar aqui, fazer com que os nossos ministros vão dar entrevista para essa televisão-, disse.