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Em seis meses Manaus registrou 160 novos casos de hepatites virais

Julho Amarelo: para combater a doença, que na maioria dos casos não apresenta sintomas, a prefeitura irá promover diversas atividades de combate de combate às hepatites virais

Concentração da Campanha de Combate às Hepatites Virais
Foto: Altemar Alcantara/Semcom

Na próxima segunda-feira, (1), a prefeitura de Manaus irá intensificar as ações de combate às hepatites virais. Serão realizadas atividades educativas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), distribuição de preservativos, intensificação da oferta do teste rápido para detecção da doença e da oferta da vacina contra a hepatite B.

O Julho Amarelo é uma campanha de combate às hepatites virais, instituída por lei federal em janeiro deste ano, que tem como objetivo reforçar as iniciativas de vigilância, prevenção e controle, alertando sobre as formas de prevenção e a importância do diagnóstico precoce.

A hepatite é a inflamação do fígado e pode ser causada por vírus (tipo A, B, C, D e E) ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas, podendo levar à hepatite crônica, cirrose, câncer e causar a morte do paciente.

Os tipos B, C e D são as formas mais graves, com transmissão por relação sexual desprotegida, transfusão sanguínea e derivados do sangue, assim como o compartilhamento de seringas, escova de dente, lâmina de barbear, alicate de unha e outros objetos perfurocortantes.

A chefe do Núcleo de Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs/AIDS) e Hepatites Virais da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), enfermeira Rita de Cássia Castro de Jesus, explica que no Brasil os tipos mais comuns da doença são a hepatite A, que tem transmissão oral-fecal, de uma pessoa infectada para outra saudável ou por meio de alimentos ou água contaminada, e também as hepatites B e C.

“A Semsa disponibiliza vacina contra a hepatite A para crianças de até dois anos, que são as mais vulneráveis no que se refere a esse tipo de hepatite, também tem tratamento e pode ser curada. A hepatite do tipo B não tem cura, mas tem tratamento e pode ser evitada com a vacina. Já a hepatite C não tem vacina, mas tem cura”, informa Rita de Cássia.

Como é uma doença que na maioria dos casos não apresenta sintomas, a enfermeira alerta que a principal preocupação é com o diagnóstico tardio, que pode dificultar o tratamento. “Quando o diagnóstico é precoce, é possível cuidar do paciente para que não haja o agravamento da doença, evitando a evolução para cirrose e o câncer, e reduzindo as chances de transmissão. Por isso, a Semsa investe na testagem rápida para as hepatites B e C, serviço que disponibiliza o resultado para o paciente em cerca de 30 minutos”, esclarece Rita de Cássia, lembrando que a Semsa conta com 156 Unidades de Saúde para realizar o teste rápido.

Casos

De acordo com Rita de Cássia, os dados coletados por meio do Sistema de Notificação de Agravos (Sinan), atualizados em (25), apontam que, no período de 1º de janeiro a junho, Manaus registrou 160 novos casos de hepatites virais, sendo prevalentes os tipos B com 87 casos e o tipo C com 46 casos confirmados.

“O cenário atual mostra uma tendência de queda dos números nos últimos quatro anos no registro de casos”, afirma a enfermeira.

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