Crítico à guerra na Ucrânia, o empresário russo Alex Konanykhin ofereceu US$ 1 milhão para quem prender o presidente Vladimir Putin. Em postagem nas redes sociais, ele ressalta que não deseja assassinar o presidente da Rússia, mas levá-lo à Justiça para responder por crimes contra a humanidade.
“Prometo pagar US$ 1 milhão ao oficial que, de acordo com seu dever constitucional, prender Putin como prisioneiro de guerra pelas leis russas e internacionais”, postou Konanykhin.
Na primeira mensagem, o empresário havia colocado uma foto de “procura-se vivo ou morto”, mas o Facebook removeu a postagem. Ele reforçou a intenção de prender Putin, não assassiná-lo.
Konanykhin critica a ascensão de Putin ao poder: “Violou a Constituição ao eliminar eleições livres e assassinar seus oponentes”.
Putin carrega a suspeita – nunca confirmada ou investigada pela polícia russa – de mortes misteriosas ligadas a seus principais adversários políticos na Rússia. O principal deles é o oligarca Boris Berezovsky, encontrado morto em sua casa por sufocamento, mas sem sinais de violência.
“Como russo por etnia e cidadão russo, vejo como meu dever moral facilitar a ‘desnazificação’ da Rússia. Continuarei minha assistência à Ucrânia em seus esforços heroicos para aguentar o ataque da horda de Putin”, continuou Konanykhin.
Com o desmantelamento da União Soviética e a desestatização de suas empresas, Konanykhin chegou a ser o homem mais rico da Rússia em 1992. Em 1996, foi preso nos Estados Unidos sob acusação de desviar US$ 8 milhões do Russian Exchange Bank.
O empresário alegou ter sido coagido a cometer o crime – investigações ligam uma máfia russa ao caso. Konanykhin, atualmente, é investidor de criptomoedas, mora na Califórnia e trabalha no programa Unicorn Hunters, que acelera startups e novas empresas.