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Empresário venezuelano é preso suspeito de dar golpe de R$ 5 milhões em criptomoedas


Rafael Martins Suarez Salazar, de 41 ano
Foto:Reprodução

Um esquema criminoso de pirâmide financeira com o uso de criptomoedas fez mais de 100 vítimas e desviou mais de R$ 5 milhões em Manaus, segundo a Polícia Civil amazonense, que apresentou o empresário venezuelano Rafael Martins Suarez Salazar, de 41 anos, como um dos envolvidos e procura um segundo suspeito do golpe. Três carros de luxo também foram apreendidos.

Os dois suspeitos eram sócios e tinham uma empresa que atuava no mercado financeiro com a venda de criptomoedas. O empresário preso na última segunda-feira (16) mora há dois anos no país. A prisão de Suarez ocorreu em um condomínio de luxo no bairro Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus.

A polícia investiga a origem dos três carros apreendidos com o empresário venezuelano. Ele disse que ganhou um dos veículos de presente e um outro terminava de pagar. Os investigadores suspeitam que os carros fazem parte dos desvio de valores. Rafael Martins nega todas as acusações.

“Não fizemos o golpe e nem estelionato para ninguém. Eu somente fazia a movimentação no mercado pelo fato de eu ser formado e ter todas as credenciais para mexer no mercado financeiro. Fizemos o pagamento de lucro para todos os clientes até a segunda semana do mês de outubro. Por conta da descida do Bitcoin e o mercado estar bem ruim, nós fechamos os lucros até 30 de novembro, onde combinamos com os nossos clientes em fazer os pagamentos”, explicou.

O suspeito disse ainda que chegou a efetuar o pagamento para mais de 60% dos clientes e existe cerca de 16 pessoas que ainda não receberam o pagamento. Segundo a polícia, cerca de cem pessoas foram vítimas do golpe.

O delegado da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (Derfd), Aldeney Góes, afirmou que “existia um contrato padrão que oferecia, semanalmente, 5% do montante que era aplicado”. Segundo o delegado, “se investia R$100 mil, ganhava R$5 mil toda semana, aos sábados. Ao final de um ano, o cliente tinha direito de receber esse dinheiro investido de volta, explicou Góes”.

“É uma coisa maravilhosa, mas isso não existe. Toda aplicação financeira, principalmente as de alto risco, corre o risco de perder valores. E os suspeitos não passavam isso para os clientes. Enquanto entra dinheiro, eles pagam as vítimas para que gere uma propaganda”, informou o delegado.

Ainda de acordo com Góes, durante os últimos dois meses (outubro e novembro), os suspeitos pararam de efetuar o pagamento de R$ 5 mil aos clientes. Foi quando as vítimas passaram a desconfiar do esquema criminoso.

“Os suspeitos deram a desculpa de que iam atualizar a plataforma para melhorar o sistema e os rendimentos não eram pagos aos clientes. Faziam reuniões e jogavam a dívida para frente”, completou.

Com a prisão de um empresário, a polícia procura pelo segundo suspeito, que já teve um mandado de prisão expedido. O homem está foragido.

O suspeito, que foi preso foi indiciado por estelionato, será encaminhado para audiência de custódia no Fórum Ministro Henoch da Silva Reis, na Zona Sul de Manaus.

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