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Empresas cobram ‘taxa de pouca água’ para transportar containers durante seca severa, denuncia secretário

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciências, Tecnologia e Inovação do Amazonas, Serafim Corrêa, denunciou ontem (3) durante a 315ª Reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS), a cobrança das empresas de navegação de uma “taxa de pouca água”, por container transportado. A cobrança sobe de US$ 2,1 mil para US$ 5 mil dólares o valor passa a valer a partir do próximo dia 1 de agosto, antes mesmo do período da seca severa dos rios do Amazonas.

De acordo com o secretário, o Centro das Industrias do Amazonas (Cieam), Federação das Industrias do Estado (Fieam), Câmara dos Diretores Lojistas (CDL) e Federação do Comércio, receberam diversas denúncias sobre a cobrança.

Os empresários contestam a taxa, cobrada em outubro do ano passado no período mais severo da estiagem quando os armadores tiveram de fazer operações logísticas para driblar a seca.

Nesta sexta-feira (5) está prevista a abertura dos envelopes para definir as empresas contratadas para iniciar a dragagem de dois pontos críticos do Rio Madeira e do Rio Amazonas (Tabocal), onde a seca cria gargalos para a navegação. A operação pode deixar o nível da água em condições de navegabilidade.

“Para a surpresa de todos, esta semana a MSC distribuiu comunicado de que cobrará uma taxa de ‘pouca água’ de 5 mil dólares por container, a parir de 1 de agosto. E hoje (ontem,3), a Maersk fez a mesma coisa só que cobrando 5.900 dólares por container”, denunciou Serafim preocupado e cobrando uma solução.

Para ele, é preciso ficar registrado que antes eram cobrados US$ 3,5 mil por frete e atualmente a cobrança está na ordem de US$ 11,5 mil.

“As operadoras de navegação estão se aproveitando de um momento que ainda nem aconteceu para ganhar dinheiro e temos que repudiar. Isso derruba a competitividade da Zona Franca de Manaus aumentando o frete em torno de 40%”, explicou o secretário de Desenvolvimento e Tecnologia.

O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio e Serviços, Márcio Elias Rosa, que participava da reunião, disse que vai levar o caso para o vice-presidente e ministro da pasta, Geraldo Alckmin.

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