
O Ministério da Saúde decidiu ampliar a vacinação com a dose de reforço bivalente contra a Covid-19 para toda a população acima de 18 anos e, na cidade de São Paulo, pessoas acima de 50 anos já poderão tomar a vacina atualizada a partir desta quarta-feira (26).
Na capital amazonense, ainda não há uma data certa para a imunização começar. A Semsa (Secretaria Municipal de Saúde) informou que está “verificando a disponibilidade de doses, definindo cronograma de atendimento e organizando a distribuição da vacina para as unidades de saúde da capital” para incluir essa faixa etária, conforme orientação do Ministério da Saúde.
Em Manaus, a Semsa estendeu, no início deste mês, a aplicação da vacina bivalente para pessoas de 12 a 59 anos de idade com comorbidades, seguindo também recomendação do Ministério da Saúde. O imunizante protege contra o vírus original da Covid e as subvariantes da Ômicron.
As doses foram disponibilizadas em 54 Unidades de Saúde da Família (USF) que integram a lista de pontos de vacinação da prefeitura.
Em todo o país, o ministério avalia que 97 milhões de pessoas poderão receber a vacina bivalente, aplicada desde fevereiro para grupos específicos, e cada estado deverá definir como será o esquema de vacinação.
Veja, abaixo, cinco pontos sobre a vacina.
1. O que é a vacina bivalente?
As vacinas bivalentes são versões atualizadas dos imunizantes contra Covid contendo a cepa original de Wuhan combinada com a variante ômicron, atualmente a predominante em todo o mundo.
No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso emergencial de duas formulações bivalentes da Pfizer, contendo as subvariantes BA.1 e BA.4/BA.5 da ômicron. É essa que está sendo aplicada nessa fase.
2. Por que se vacinar?
A vacina atualizada oferece uma proteção maior às subvariantes da ômicron atualmente em circulação.
As vacinas monovalentes ainda continuam a ter uma alta eficácia de proteção contra hospitalização e óbitos, mas a proteção acaba diminuindo ao longo do tempo. Por isso, é importante receber os reforços, dizem os especialistas.
3. Efeitos adversos
As vacinas atualizadas contra a Ômicron mantêm o mesmo padrão de segurança que as formas monovalentes já autorizadas e utilizadas em bilhões de pessoas em todo o mundo.
Em geral, os efeitos mais comuns são dor no local da injeção, fadiga, dor de cabeça, dores no corpo (mialgia), febre e calafrios. São eventos considerados leves e que costumam desaparecer em até 24 horas.
Outros eventos adversos muito raros e considerados moderados a severos podem incluir miocardite (inflamação do miocárdio), pericardite (inflamação do pericárdio), dores no peito, falta de ar e arritmia.
Efeitos colaterais mais comuns
Leves
Dor no local da injeção
Fadiga
Dor no corpo
Febre
Dores nas articulações
Moderados
Calafrios
Dores no peito
Efeitos sistêmicos (em diversos locais do corpo)
Muito raros (com necessidade de atendimento hospitalar)
Pericardite
Miocardite
Arritmias
Dificuldade para respirar
4. Contraindicação
Não. O que existe é uma indicação do intervalo mínimo entre a última dose de qualquer reforço monovalente ou da última dose do esquema primário e o reforço com a bivalente. Ou seja: é recomendado aguardar no mínimo quatro meses entre uma dose e outra.
Também há uma limitação de idade. A Anvisa autorizou o uso da bivalente como reforço para pessoas com 12 anos ou mais. Abaixo dessa idade, o reforço deve ser com uma vacina monovalente.
5. Grávidas
O Ministério da Saúde não preconiza uma quantidade mínima ou máxima de meses de gravidez para que as gestantes recebam a dose atualizada da vacina contra a Covid. No país, o reforço para grávidas e puérperas começou a ser aplicado no final de março.