
A situação de emergência no Amazonas devido à severa estiagem continua a se agravar, com um total de 15 municípios afetados até o momento, de acordo com a Defesa Civil do estado.
As áreas mais atingidas se encontram nas calhas dos rios Alto Solimões, Juruá e Médio Solimões. Além disso, outros 40 municípios estão em estado de alerta, enquanto cinco estão em situação de atenção, afetando um total de 111 mil pessoas.
A perspectiva é de que a situação se deteriore ainda mais em outubro, quando a seca deve se intensificar. A Defesa Civil prevê que até dezembro cerca de quinhentas mil pessoas possam ser afetadas no Amazonas devido aos efeitos da estiagem.
“Estamos prevendo que, devido à influência do fenômeno climático El Niño, que inibe a formação de nuvens de chuva, a estiagem deste ano será prolongada e mais intensa do que em anos anteriores, podendo afetar mais de 50 municípios”, alertou a Defesa Civil.
Além do El Niño, que aumenta a temperatura das águas superficiais do oceano no Pacífico Equatorial, o aquecimento do Atlântico Tropical Norte, acima da linha do Equador, também contribui para a falta de chuvas na Amazônia. Esse clima mais quente dificulta a formação de nuvens de chuva na região.
O governo do Amazonas anunciou a implementação de medidas de apoio às famílias afetadas, incluindo assistência na área da saúde, fornecimento de água, distribuição de cestas básicas, kits de higiene pessoal, renegociação de dívidas e apoio aos produtores rurais.