Flavio Bolsonaro diz não saber que Wassef atuou para JBS na PGR
Ex-defensor da família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o advogado Frederick Wassef recebeu R$ 9 milhões da empresa JBS, segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) obtido pela revista Crusoé.
O relatório foi enviado ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que investiga o fato de o ex-policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), ter sido achado na casa de Wassef, em Atibaia (SP).
O montante teria sido repassado entre 2015 e 2020. Questionada pela revista, a JBS não respondeu a que se referem os repasses. No entanto, Wassef teria recebido o dinheiro por atuar em favor do frigorífico na Lava Jato.
De acordo com a Crusoé, no entanto, não há notícias de que o escritório do advogado bolsonarista tenha atuado em defesa da JBS, nem mesmo em casos não relacionados à Lava Jato. O jurista foi procurado, mas não respondeu.
Flavio Bolsonaro diz não saber que Wassef atuou para JBS na PGR
Flávio Bolsoanro afirmou a interlocutores de sua confiança que não sabia da atuação a favor da JBS feita por Fred Wassef, seu advogado até dois meses atrás, quando o MP-RJ encontrou Fabrício Queiroz em sua casa.
Segundo Flávio, ele nada tem a ver com os clientes de Wassef e em momento algum falou com Augusto Aras para que as portas da PGR fossem abertas para seu advogado, conforme mostrou o repórter Luiz Vassallo.
A versão pode até ser verdadeira, mas nem por isso a notícia da atuação de Wassef para a JBS — revelada por Vassalo e pelos repórteres Rodrigo Rangel e Fabio Leite — é menos problemática para Flávio.
