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Ex-secretário de Saúde do Rio fará delação premiada

Os termos da colaboração ainda não foram divulgados, mas teriam como alvo o governador do Rio, Wilson Witzel. PGR disse que não irá comentar

Edmar Santos, é investigado por desvio de verbas na Saúde

O ex-secretário Estadual de Saúde do Rio de Janeiro Edmar Santos, preso por suspeita de desvios de verbas destinadas ao combate da pandemia do novo coronavírus, firmou um acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria Geral da República).

Os termos do acordo ainda não foram divulgados, mas teriam como alvo o governador do Rio, Wilson Witzel. 

Ontem, a Procuradoria confirmou ter iniciado as tratativas com o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), responsável pelo pedido de prisão preventiva do ex-secretário do governo Witzel, na semana passada, para o compartilhamento de provas da investigação.

A PGR já conduz o inquérito relacionado à Operação Placebo, que apura os mesmos fatos e cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao governador.  

Edmar Santos está preso preventivamente por suspeitas de corrupção nas verbas direcionadas ao combate da pandemia do novo coronavírus no Estado, especialmente na compra de equipamentos e na montagem dos hospitais de campanha.

Dois endereços do ex-secretário do governo Witzel foram alvo de mandados de busca e apreensão – em Itaipava, na Região Serrana, e em Botafogo, na zona sul do Rio – nesta fase da Operação Mercadores do Caos. Durante a ação, os promotores apreenderam R$ 8,5 milhões em espécie. 

Entre os motivos que levaram à Justiça decretar a prisão preventiva do ex-secretário está a possibilidade de interferência na colheita de provas devido ao “poder político” de Edmar Santos.

Durante as investigações, os promotores tiveram acessos a áudios em que Santos sugeriu ao ex-subsecretário Gabriell Neves, que também está preso, a criação de uma “lista secreta” para mapeamento de endereços de fornecedores, o que reforça indícios de corrupção na área da Saúde.

Edmar Santos, que é tenente-coronel da Polícia Militar, foi levado à unidade prisional da corporação em Niterói, na Região Metropolitana.

De acordo com o porta-voz da PM, coronel Mauro Fliess, Santos pode responder pela conduta em um procedimento interno, com risco de ser expulso da instituição.

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