
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu, esta semana, um conjunto de propostas com sugestões para aperfeiçoar as urnas eletrônicas, enviadas pelo Exército Brasileiro.
Em fevereiro deste ano, o TSE respondeu a 80 interpelações feitas pelo Exército em um documento de 700 páginas. Com base na papelada, o Exército decidiu fazer as sugestões ao TSE. A lista, porém, é secreta, comunicou a Corte.
Auditorias e certificação técnica
Um dos desenvolvedores das urnas eletrônicas, Carlos Rocha, afirma que os atuais protocolos de segurança do TSE são insuficientes para garantir a inviolabilidade das máquinas.
“A auditoria independente tem a finalidade de atestar a adequação de eventos, processos e sistemas, para dar características de confiabilidade, segurança e assertividade, utilizando-se de procedimentos e instrumentos técnicos necessários e previamente aprovados”, disse.
Conforme o especialista, a Corte Eleitoral tem de contratar auditores externos e independentes. “As atividades e metodologias listadas pelo TSE, para teste público de segurança, teste de integridade, lacração dos sistemas, inspeção dos códigos-fonte, geração das mídias, votação paralela, entre outros, não são reconhecidas como auditorias independentes, pelo conhecimento consolidado de segurança da informação”, constatou o especialista.
“Além das auditorias, é essencial realizar a certificação técnica dos equipamentos e programas do sistema eletrônico de votação, em laboratórios independentes do TSE, que emitirão um certificado para garantir que o sistema atenda às regulamentações brasileiras”, afirmou.