
O início da operação de exploração do gás natural em uma área entre os municípios de Silves e Itapiranga, no campo de gás natural Azulão, no Amazonas, está previsto para junho de 2021. Na segunda quinzena deste mês, a Companhia Eneva afirma que dará início ao processo de instalação de equipamentos para perfuração na localidade.
As obras fazem parte do projeto Azulão-Jaguatirica, que foi vencedor no Leilão para Atendimento a Boa Vista e Localidades Conectadas, organizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em maio deste ano. O investimento total estimado é de R$ 1,8 bilhão.
O gás produzido no Campo de Azulão será transportado em estado líquido, via caminhões, para Boa Vista (RR). Então passará pelo terminal de regaseificação e será entregue para a usina termelétrica Jaguatirica II, que terá capacidade de 117 MW, correspondendo a mais de 70% do consumo de energia elétrica daquele Estado.
De acordo com o governador do Amazonas, Wilson Lima, o estado do Amazonas possui 50% de todas as reservas brasileiras de exploração de gás em terra. “Cerca de R$ 700 milhões serão investidos no estado de Roraima, onde a empresa vai fornecer energia elétrica, com a usina, e R$ 1,1 bilhão será investido aqui no estado do Amazonas”, afirmou o governador.
De acordo com o governo, que nessa fase inicial, com a instalação da empresa, devem ser gerados 1.000 empregos em Roraima e 1.000 empregos no Amazonas.
Campo de Azulão
O campo de gás Azulão era uma promessa de produção de gás natural desde maio de 2004.
O início das atividades no campo de Azulão vai representar a primeira produção de gás na bacia do Amazonas, em uma área de 620.000 km² onde ainda não se produziu petróleo ou gás.
O governador destacou que o Amazonas será o primeiro estado a liquefazer gás natural em terra do Brasil. O que ocorre no campo de Azulão poderá ser replicado para o abastecimento de outras localidades no interior do estado, abrindo espaço para a substituição de diesel por gás natural, com baixo custo e menor poluição.
A Eneva ganhou, em leilão, o direito de explorar o campo de gás natural Azulão, que foi descoberto em 1999 e vendido pela Petrobras em 2017, por U$ 54,5 milhões.