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Com o bom momento do mercado brasileiro de motocicletas, que tende a alcançar volume de 2 milhões de unidades nos próximos anos, empresas instaladas no PIM, Polo Industrial de Manaus, AM, investem R$ 641,3 milhões em ampliação de capacidade e modernização de suas operações produtivas. Nos últimos meses BMW, Bajaj, Triumph e Yamaha anunciaram aportes, em ciclos que variam de 2023 a 2025.
Todas são associadas à Abraciclo, entidade que representa o setor. Seu presidente, Marcos Bento, pede desde o ano passado ampliação dos investimentos das empresas, pois a capacidade instalada, de 1,5 milhão de motocicletas/ano, foi alcançada já no ano passado. Estes investimentos ajudarão a ampliar a produção de motos de forma sustentável, sem gerar filas de espera como ocorreu durante a pandemia da covid-19.
Em 2019 o Brasil produziu 1,1 milhão de motocicletas, volume que caiu para 962 mil no ano seguinte por causa da pandemia. 2021 marcou o início da recuperação, com 1,2 milhão de unidades produzidas, número que subiu para 1,4 milhão em 2022 e para 1 milhão 573 mil em 2023. Para 2024 a projeção da Abraciclo é de que a produção chegue a 1,7 milhão de unidades, com alta de 7,4% com relação ao ano passado e tendência de alta nos próximos anos.
Quem investe?
Do total que está sendo aplicado no Polo Industrial de Manaus a maior parte vem da Yamaha, que investe R$ 520 milhões, valor do qual 80% será dedicado a processos que visam à redução das emissões de carbono, ampliação e otimização da fábrica. Também está mudando a sua sede de local, saindo de Guarulhos, SP, para o bairro Cidade Jardim, em São Paulo, com investimento de mais R$ 40 milhões.
A segunda maior cifra é da Bajaj, R$ 65 milhões, já quase finalizada com o início da produção local no PIM. A fábrica construída no Brasil é a primeira da montadora fora da Índia, com capacidade para 20 mil unidades/ano. Três modelos são montados em regime CKD, por cerca de 150 colaboradores.
A BMW Motorrad está aplicando R$ 50 milhões em Manaus, de 2023 a 2025. O plano é ampliar a área construída em 50%, sendo que um novo prédio já foi inaugurado e, com isto, a capacidade produtiva foi elevada em 25%, saindo de 15 mil unidades/ano para 17 mil unidades/ano de 2023 para 2024. No ano que vem a expectativa é a de que esse volume chegue a 19 mil.
O valor também está sendo usado para localizar a produção de novos modelos no Brasil, como as motocicletas F 900 R, a nova S 1000 RR e a C 400 X, que já foram apresentadas e saem das linhas de produção de Manaus. Um quarto modelo será lançado em breve e também será produzido ali.
A montadora britânica Triumph também possui uma fábrica em Manaus e anunciou em 2024 o investimento de R$ 6,3 milhões.
O plano é expandir a capacidade produtiva em 50%, chegando a 10 mil unidades/ano. Para isto aumentará em 40% o quadro de funcionários da unidade. Junto com o aumento do volume produtivo a Triumph nacionalizará novos modelos, caso da linha de motocicletas dotadas de motor de de 400 centímetros cúbicos de cilindrada e da nova Tiger 1200.
A Honda Motos, maior fabricante de motocicletas do Brasil, realizou investimento de R$ 500 milhões na sua fábrica de Manaus de 2019 até o fim de 2023, para modernizar os processos produtivos e realizar algumas atualizações nas linhas.
