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Fake news:Lula mente no JN sobre MST e medidas anticorrupção

Como foi a entrevista de Lula no Jornal Nacional

Na entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo de ontem à noite (25), o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula, mentiu pelo menos em duas ocasiões, sem que fosse contestado pelos jornalistas Willian Bonner e Renta Vasconcelos, quando citou que o MST só invadiu terras improdutivas e que teria criado medidas anticorrupção.

Registros no Twitter do site Metrópoles (veja abaixo) desmentem a afirmação do candidato petista sobre o movimento dos sem terras. Em 2009, durante o governo dele, o MST invadiu uma fazenda e destruiu 5 mil pés de laranja e, em 2013, no governo Dilma, destruiu um laboratório de pesquisa universitária que vinha sendo realizada há um ano. Em 2015 o movimento invadiu uma fazenda no Pará e matou a tiros 20 vacas de alto valor genético, que estavam para dar cria.

Ainda em 2015, em uma ação criminosa, cerca de mil mulheres do MST depredaram e destruíram mudas de árvores transgênicas que eram objeto de pesquisa há quinze anos no interior de São Paulo. Elas invadiram e ocuparam um centro de pesquisa da FutureGene, empresa do grupo Suzano Papel e Celulose, em Itapetininga (SP). A Polícia Militar teve de intervir, mas ninguém foi preso, de acordo com o Jornal Nacional, da TV Globo na época.

Fake news

Lula também citou como se fossem suas medidas de combate à corrupção adotadas pelos governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) e até de João Goulart, em 1962.

“Foi no meu governo que a gente criou o Portal da Transparência, a gente colocou a CGU como ministro para fiscalizar, que a gente criou a Lei de Acesso à Informação, a Lei Anticorrupção, a lei contra o crime organizado, a CGU entrou no combate a corrupção, criamos o Coaf para cuidar de movimentações financeiras atípicas e colocamos o Cade para combater os cartéis. Ou seja, foram todas medidas no meu governo”, mentiu o candidato.

O órgão hoje chamado de CGU (Controladoria-Geral da União) foi criado no governo FHC como Corregedoria-Geral da República pela MP (Medida Provisória) de nº 214-31, de abril de 2001.

Já com relação a LAI (Lei de Acesso à Informação), ela foi sancionada em novembro de 2011 durante o governo de Dilma Rousseff e não no dele. A fake news também se repetiu quando ele citou a Lei nº12.846 também conhecida como “lei anticorrupção” que responsabiliza empresas por crimes contra a administração pública foi sancionada em agosto de 2013, portanto durante o governo de Dilma Rousseff.

Em mais um “ato falho” do candidato petista, ele afirmou ser de sua autoria que a lei nº12.850, que definiu o crime de organização criminosa, foi sancionada em agosto de 2013 durante o governo de Dilma Rousseff. A lei também dispõe sobre investigação criminal, os meios de obtenção de provas, infrações penais e os procedimentos criminais a serem aplicados.

Sobre o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), o órgão de fiscalização foi criado pela lei nº 9.613 de março de 1998, sancionada, durante o governo FHC. A mesma lei também define os crimes de lavagem de dinheiro.

Também é falso que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) foi criado por ele. O conselho foi instituído pela Lei n° 4.137, de 1962, sancionada por João Goulart, como um órgão do Ministério da Justiça, segundo o histórico disponível na página do órgão.

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