Laudo do material periciado apreendido na casa da cuidadora de idosos Cláudia Mônica Pinheiro, comprovou que doses eram falsas

Laudo da Polícia Federal comprovou que as vacinas tomadas por empresários de transporte de Belo Horizonte eram, na verdade, soro fisiológico, que foi apreendido na casa da cuidadora de idosos Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas, que se passava por enfermeira quando aplicou as doses do imunizante falso.
Na casa da falsa enferemeira os agentes da PF encontraram ainda vacinas contra a gripe, seringas e caixas de isopor. O material periciado comrovou a fraude.
“Os resultados dos exames são compatíveis com a descrição contida no rótulo do produto, ou seja, que o mesmo se trata de produto farmacêutico denominado soro fisiológico (solução cloreto de sódio)”, diz o laudo da PF.
Na terça-feira (30, agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão na casa da enfermeira ligada ao esquema. No local, foram encontradas grande quantidade de soro fisiológico.
A suspeita, o filho Igor Pinheiro e um outro homem que estava presente durante a operação foram presos em flagrante e levados à Superintendência da Polícia Federal para prestar depoimento. Já o insumo foi apreendido e passou por perícia policial.
A profissional é a mesma que aparece em um vídeo gravado por um vizinho da garagem de onde supostamente empresários e políticos foram vacinados às escondidas, ignorando as prioridades definidas pelo Ministério da Saúde.
Segundo informações da PF, a mulher já teria passagem na polícia por furto. Além disso, ela teria comercializado doses ilegais da vacina para outros grupos de pessoas, além dos envolvidos na Operação Camarote.
A operação da Polícia Federal faz parte de um inquérito aberto para investigar os nomes envolvidos no esquema. Os empresários da empresa de transporte de passageiros admitiram, em depoimentos prestados de forma espontânea, nessa segunda-feira (29), a aquisição dos medicamentos de procedência ilícita.