O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e toda sua comitiva de ministros e assessores se hospedou em um dos hotéis mais luxuosos do mundo, o Emirates Palace. O local é literalmente um palácio, com quase 400 quartos divididos em uma imensa área no setor mais nobre da cidade. As diárias custam entre R$ 2.100, para quem reserva com antecedência a suíte mais simples (que de simples não tem nada), e R$ 35.900, na opção mais cara.
Tanto luxo, porém, não vai custar nada aos cofres públicos brasileiros, porque a comitiva está hospedada a convite da família real de Abu Dhabi, uma das mais ricas do mundo, com fortuna estimada em mais de US$ 1 trilhão (quase R$ 4 trilhões, ou mais da metade do Produto Interno Bruto do Brasil em 2018, que foi de R$ 6,8 trilhões).
Como base de comparação, em Pequim, na China, a comitiva se hospedou em um hotel de 5 estrelas, um dos melhores da cidade, mas a diária variava entre R$ 2 mil e R$ 8 mil, dependendo das acomodações.
Inaugurado em 2005, o Emirates Palace teve custo estimado em US$ 3 bilhões (quase R$ 12 bilhões). Só a construção de dois hotéis no mundo custaram mais, um em Las Vegas, nos Estados Unidos, e outro em Singapura.
O palácio foi concebido em estilo árabe contemporâneo e tem no centro um enorme domo pintado a ouro, circulado por outros 100 domos menores. O prédio é circulado por um enorme e bem cuidado jardim, cheio de fontes e áreas de lazer.
Há no terreno uma praia particular de 1,3 km de extensão. Os pisos são de mármore e os quartos têm acabamentos pintados a ouro. A família real do rico emirado bancou a construção e entregou a administração do Emirates Palace para uma empresa privada.