
Dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada nesta quinta-feira (15), revelam que ao menos 70,4%, o equivalente a 456.212 das famílias em Manaus, estão endividadas.
É um percentual significativamente maior do que o registrado em julho de 2022 (67%), ficando pouco acima da marca de agosto de 2021 (69,7%).
“É alarmante esse número que só cresce a cada medição de cada período do ano”, destaca o presidente do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM), Marcus Evangelista,
De acordo com a pesquisa, as famílias com renda acima de dez salários mínimos seguem proporcionalmente predominantes entre as endividadas, respondendo por 78% do total.
Também estão entre as mais inadimplentes (35,4%), por uma pequena margem. Em todo o país, os grandes vilões são os cartões de crédito e carnês.
Outro detalhe importante é que as famílias que ganham até dez salários mínimos são as que se encontram sem capacidade de pagar as despesas dos cartões e carnês.
“O cartão de crédito vem se destacando dentro desse endividamento como principal indutor e de fato e infelizmente as famílias não sabem gerenciar o cartão de crédito, né? Infelizmente é o mau consumo e para resolver esse problema é necessário um trabalho de formiguinha, como se fosse uma dieta”, explica.
Ainda conforme os dados do Peic, os principais tipos de dívida levantados – em todo o país, além dos cartões de créditos, são cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, crédito pessoal, carnês, financiamento de carro e financiamento de casa.
“Você tem que estabelecer de gastos e respeitar. Se já tiver endividado, então o seu primeiro foco vai ser sair desse endividamento. De que maneira? Organizando tudo num papel numa planilha simples. Vendo aí pra onde está indo o dinheiro. Porque infelizmente quanto mais endividado mais perdido a pessoa fica”, aconselha Evangelista sobre os primeiros passos para sair do endividamento.
Marcus destaca ainda que é preciso cortar os gastos supérfluos; se manter sem dívidas; se acostumar a viver sem o cartão de crédito na carteira para não causar o endividamento e tentar ir fazendo uma reserva financeira, seja aplicação ou uma poupança.


