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Faturamento na Zona Franca de Manaus avança 71% em cinco anos

Apesar de ser alvo de muitos questionamentos, a maioria deles relacionada à eficácia dos incentivos fiscais concedidos pelo governo brasileiro à região, a Zona Franca de Manaus (ZFM) vai bem, obrigado.

O faturamento do Polo Industrial de Manaus (PIM) aumentou 71% em cinco anos, saltando de R$ 120 bilhões, em 2020, para R$ 205,23 bilhões, em 20024, resulado recorde de acordo com dados da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), órgão subordinado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços (Mdic).

E, até junho deste ano, as cerca de 530 indústrias pertencentes ao polo amazonense e que prestam contas à autarquia registraram receita de R$ 110,80 bilhões, indicativo de que o resultado anual deve ser ligeiramente superior ao de 2024, segundo a Suframa.

O desempenho resultou no crescimento de 6,82% do emprego no PIM, que passou de 123 mil postos de trabalho em junho do ano passado para 131,46 mil em junho de 2025, distribuídos em três setores: bens de informática (responsável por 21,81% do faturamento do PIM), duas rodas (20,12%) e eletroeletrônico (16,3%).

De acordo com a autarquia, uma das explicações para os resultados vem, inclusive, de um desses setores, o de duas rodas, que registrou alta de 24,83% nas vendas de 2023 para 2024 e segue forte neste ano.

Segundo dados da Abraciclo, o polo de duas rodas da ZFM, o maior fora do eixo asiático, já faturou R$ 23,3 bilhões entre janeiro e junho deste ano, um crescimento de 30,2% em relação a 2024.

Outra razão para o bom desempenho reside no próprio modelo da ZFM. Isso porque, para se instalar no PIM e poder contar com incentivos – redução de até 75% de Imposto de Renda à Pessoa Jurídica, isenção e redução do Imposto de Importação (II) e isenção de IPI e redução do PIS e Cofins -, as empresas devem apresentar um planejamento com contrapartidas, como o aumento do emprego, concessão de benefícios sociais aos trabalhadores, incorporação de tecnologias de ponta e reinvestimento de lucros na região.

A Zona Franca de Manaus: Impactos, Efetividade e Oportunidades”, encontrou evidências de que a indústria no Amazonas agrega 49,2% para cada R$ 1 produzido, maior que a média da indústria de transformação brasileira (43,6%).

Vagas de trabalho

Outro resultado positivo do PIM foi relacionado à empregabilidade. Em junho de 2025, foram gerados 131.464 trabalhadores diretos, entre efetivos, temporários e terceirizados, o que indica um crescimento de 6,82% na comparação com junho de 2024 (123.073 trabalhadores) e de 0,77% em relação a maio deste ano (130.462 trabalhadores).

Para o secretário de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) do Amazonas, Serafim Corrêa, os recordes de faturamento e, consequentemente, de geração de empregos, são reflexos da economia aquecida no País, considerando que o principal mercado da Zona Franca de Manaus (ZFM) é o nacional.

Produtos-chave” também tiveram aumentos considerados expressivos na quantidade de unidades fabricadas, como:

  • motocicletas, motonetas e ciclomotos, com 1,071 milhão de unidades produzidas e aumento na produção de 18,31%;
  • televisores com tela de LCD e OLED, com 7.012.317 unidades e aumento de 2,66%;
  • condicionadores de ar do tipo split system, com 3.178.222 unidades e aumento de 20,77%;
  • relógios de pulso e de bolso, com 4.083.045 unidades e aumento de 32,55%;
  • monitores com tela de LCD para uso em informática, com 1.816.046 unidades e aumento de 25,86%;
  • e bicicletas (incluindo as elétricas), com 246.452 unidades e aumento de 26,88%.

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