
Presidente participou da solenidade de diplomação de sargentos, em Três Corações
Foto: Reprodução
Um faxineiro de 35 anos, que trabalha numa unidade do Exército em Três Corações (MG), foi preso suspeito de planejar um ataque ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ele teria sido contratado pelo Exército, por meio de uma empresa terceirizada na cidade mineira. As informações são do jornal O Tempo.
A prisão ocorreu na manhã da última sexta-feira (29), às vésperas de uma solenidade na Escola de Sargentos das Armas (ESA) e após publicar no Instagram passos de um plano para assassinar o presidente. O evento contou com a presença de Bolsonaro.
Conforme a PM mineira, o suspeito “estaria analisando toda a situação, toda a área, para poder bolar seu plano”. “Na hora em que o presidente chegasse, iria acertar ele”, completa o boletim.
Em uma das gravações, o homem aparece lixando uma escova de dentes e coloca os dizeres: “preparando minha faca para o Bolsonaro e aqui era a regra da rua’”.
O homem teria ido ao quartel no momento da solenidade para atentar contra Jair Bolsonaro. No entanto, de acordo com o registro policial, a tentativa acabou frustrada, pois uma pessoa teria visto os vídeos e as fotos do suspeito na rede social – nos quais ele teria comentado o ataque – e, assim, o abordado para saber o que ele pretendia. Assustado, ele voltou para casa, onde os militares acabaram prendendo-o após denúncia.
A primeira das publicações encontradas pelo serviço de inteligência da Polícia Militar, o suspeito aparece em uma gravação contando que ‘estaria analisando toda a situação, toda a área, para poder bolar seu plano’ e ‘na hora em que o presidente chegasse, iria acertar ele’ (sic), como está descrito no boletim de ocorrência.
Além disso, em sua rede social, haveria ainda fotografias do interior do quartel. Em uma delas, segundo a polícia, havia a seguinte legenda: “inicia-se aqui a sequência de histórias onde estou infiltrado na toca do lobo, melhor dizendo, Exército Brasileiro”. Noutra, o suspeito teria lembrado: “arte da guerra: mantenha os amigos próximos e os inimigos mais próximos ainda”.
“Ironia”
À polícia, o jovem contou que todas as fotos da escola de sargentos foram tiradas durante seu turno de trabalho como faxineiro de uma empresa terceirizada de limpeza que presta serviço na unidade, como ele declarou.
No entanto, ele explicou tê-las feito por “inconformismo político”, por se entender como de centro-esquerda, e por “ironia”. Ainda de acordo com ele, apenas um dos vídeos não foi registrado no quartel.
Evento
O suposto ataque aconteceria durante a solenidade de diplomação do curso de formação de sargentos, da Escola de Sargentos das Armas do Exército, em Três Corações. O presidente Jair Bolsonaro compareceu ao evento, tirou fotos com fãs, discursou e desfilou na unidade militar.
A Polícia Federal informou que “o suspeito foi detido antes de ter a oportunidade de estar na presença do presidente”. O homem será investigado pela PF por crime contra a segurança nacional.
Fonte: Jornal O Tempo