Aproximadamente nove toneladas de peixe estão sendo comercializadas, com preços que variam entre 8 e 16 reais.

A Feira do Tambaqui de Mamirauá foi estendida até a próxima sexta-feira(10), ou enquanto durar os estoques. O peixe é oriundo da RDS Mamirauá na região do Médio Solimões, onde não há registros de casos de Rabdomiólise. A iniciativa é da Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e a Associação de Moradores e Usuários da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá Antônio Martins (Amurmam).
O resultado da feira será revertido para mais de 100 pessoas, moradores das comunidades Catiti e Mangueira, ambas na RDS Mamirauá. Entre os beneficiários está Antônia da Silva Fernandes, 34 anos, mãe de cinco filhos e moradora da Comunidade do Mangueira. Dona Antônia, como é conhecida, vivencia todas as etapas do manejo de pesca, pois, segunda ela, as mulheres da comunidade “metem a mão na massa mesmo”.
“Nós somos um grupo de 30 pescadores à frente do manejo, sendo 10 mulheres que ajudam a vigiar os lagos, colocam madeira, tratam o peixe, ao mesmo tempo que cuidam das casas e dos filhos”.
A Feira – Os preços são variados por kg: até 4 kg a R$ 8/kg, de 4,001 a 5 kg por R$ 10/kg, de 5,001 a 6,999 kg por R$ 13/kg e acima de 7kg R$ 16/kg. Não haverá tratamento de peixe e serão vendidos por inteiro. A venda do tambaqui pela FAS tem autorização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amazonas (Sema), com apoio da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror).
Rabdomiólise – Em relação aos 52 casos de rabdomiólise, doença caracterizada pela destruição das fibras musculares, que surgiram em alguns municípios do Amazonas (Itacoatiara, Manaus, Autazes, Caapiranga, Silves, Parintins, Borba e Maués) a Fundação de Vigilância Sanitária emitiu uma nota oficial solicitando que a população de Itacoatiara evite o consumo de alguns peixes (Pirapitinga, Tambaqui e Pacu) por 15 dias.