A 23ª edição do Festival Amazonas de Ópera (FAO) começa neste domingo (6), às 19h (20h no horário de Brasília), com a estreia da ópera “Três Minutos de Sol”, de Leonardo Martinelli. O FAO será realizado em formato on-line, até o dia 20 de junho, com transmissão pelo canal do YouTube do FAO (festivalamazonasdeoperafao) e pelas redes sociais da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (@culturadoam). Adiado por conta da pandemia de Covid-19 em 2020, o FAO 2021 será totalmente dedicado a compositores e intérpretes brasileiros, com três estreias.
Realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural, o festival está sendo produzido inteiramente com verba da iniciativa privada, por meio do Bradesco e da Motorola, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério do Turismo e Secretaria Especial de Cultura. Conta ainda com parceria do canal Allegro HD e TV Encontro das Águas, e com o apoio do Catavento Museu de Ciências e da Importadora Carioca.
Óperas e concertos gravados, além de recitais, webinars e masterclasses ao vivo fazem parte da programação, que será transmitida pelas redes sociais. Para a 23ª edição, o FAO contou com uma produção inovadora e igualmente desafiadora, seguindo os protocolos de segurança para prevenir a contaminação por Covid-19.
‘Três Minutos de Sol’ – Um triângulo amoroso em meio a uma pandemia, que tem como meio principal de interação as redes sociais, se desenvolve na ópera do compositor Leonardo Martinelli, com libreto de João Luiz Sampaio, que será apresentada neste domingo.
“Três Minutos de Sol” é uma ópera em ato único, dividido em três cenas de aproximadamente 10 minutos cada. Na história, o público é apresentado aos personagens Laura (a soprano Lina Mendes), Duda (o contratenor Sávio Faschét) e Marcos (o barítono Vitor Mascarenhas). A estreia conta com a direção de cena de Julianna Santos, e os solistas são acompanhados por músicos da Amazonas Filarmônica. A obra foi encomendada especialmente para o FAO.
Natural de São Paulo, o professor, pesquisador e compositor da ópera Leonardo Martinelli explica que a ideia de “Três Minutos de Sol” surgiu da mudança nos relacionamentos ocasionada pelo isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19, e da vontade de transpor isso em música.
Webinars – Neste domingo, às 20h (21h – Brasília), também inicia o primeiro webinar da programação de ações formativas do FAO, com a mesa “A Ópera Hoje, no Brasil e no Mundo”. A transmissão dos webinars e das masterclasses será pelo canal do YouTube do FAO.
Óperas – O 23º Festival Amazonas de Ópera terá três estreias de óperas este ano. Além da obra “Três Minutos de Sol”, também serão apresentadas as óperas “O Corvo”, de Eduardo Frigatti; e “moto-contínuo”, de Piero Schlochauer.
A ópera “O Corvo” será apresentada no dia 13 de junho, às 19h (20h – Brasília). Baseada no poema de Edgar Allan Poe, traduzido por Machado de Assis, a ópera será a única dentro da programação a ganhar uma animação de 20 minutos que narra a visita perturbante de um corvo a um homem que acaba de perder sua amada, e que vê a ave como uma mensageira sobrenatural. Eduardo Frigatti compôs e escreveu o libreto. Segundo ele, a obra faz uma reflexão sobre o luto.
Já “moto-contínuo”, de Piero Schlochauer, encerrará o festival no dia 20 de junho, às 19h (20h – Brasília). Com libreto de Beatriz Porto, Isabela Pretti e Piero Schlochauer, a obra conta a história de uma inventora, no Centro da Terra, que recebe um pedido para construir uma máquina que pode se mover eternamente. Segundo o compositor, o principal ponto da ópera é a busca por sentido.
Recitais e concertos – Também parte da programação do FAO, recitais serão apresentados em transmissões ao vivo do Teatro Amazonas, a partir da segunda-feira (07/06) e nos dias 9, 10, 16 e 17 de junho, às 20h (21h – Brasília). No repertório estarão canções de Carlos Gomes, Ronaldo Miranda, João Guilherme Ripper, Chiquinha Gonzaga, Almeida Prado, Ernani Aguiar, Osvaldo Lacerda e Francisco Mignone.
O programa também terá canções amazonenses, com temáticas ou compositores regionais como Waldemar Henrique, Lindalva Cruz, Adroaldo Cauduro, Ronaldo Barbosa, Ketlen Nascimento, Celdo Braga, Osmar Oliveira, Candinho, Altino Pimenta, Claudio Santoro, Pedro Amorim e Arnaldo Rebelo.
Os concertos, que também foram gravados com produções em Manaus e São Paulo, serão exibidos nos dias 11, 12, 14, 15, 18 e 19 de junho, também às 20h (21h – Brasília), com obras de Fernando Riederer, Laiana Oliveira, Tatiana Catanzaro, Vinicius Giusti, Paulina Luciuk e Willian Lentz.
Raio-X da ópera – A programação contará ainda com uma série de vídeos dedicada a explicar as profissões artísticas e técnicas da ópera para crianças e adolescentes.
Bradesco e a cultura – Com centenas de projetos patrocinados anualmente, o Bradesco acredita que a cultura é um agente transformador da sociedade. Além do Teatro Bradesco, o banco apoia iniciativas que contribuem para a sustentabilidade de manifestações culturais que acontecem de norte a sul do País, reforçando o seu compromisso com a democratização da arte. São eventos regionais, feiras, exposições, centros culturais, orquestras, musicais e muitos outros.
Assim como o Teatro Bradesco, muitas instituições e espaços culturais apoiados pelo banco promoveram ações para que o público possa continuar se entretendo – ainda que virtualmente – durante a pandemia da Covid-19. O banco também lançou o Bradesco Cultura, plataforma digital que reúne conteúdo relacionado às iniciativas culturais que contam com o patrocínio da instituição. Acesse em cultura.bradesco.