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Advogado diz que filha de servidora morta foi impedida de ver imagens das câmeras

Polícia já ouviu mais de 10 pessoas na investigação e hoje o namorado da filha prestou depoimento na Delegacia de Homicídios

O advogado Cândido Honório, de Stephanie Viega, filha da diretora da 15ª doTrabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT-11), Silvanilde Ferreira Veiga, de 58 anos, encontrada morta por ela, afirmou que o síndico não autorizou o acesso às imagens das câmeras do circuito interno de segurança. 

De acordo com as investigações da polícia, o assassino conhecia a vítima estava dentro do condomínio. Essa linha de investigação é reforçada pelo depoimentodo segurança do Condomínio Gran Vista, na Ponta Negra, na Zona Oeste de Manaus.

Ele disse que ninguém entrou ou saiu durante, o início da noite de sábado e seis da manhã de domingo, tempo em que esteve de plantão bo local- a perícia acredita que Silvanilde foi morta por volta das 20h30, de sábado (21).

“Não sei porquê [não deixaram ver as imagens de câmara de segurança]. Não sei como é que pode entrar alguém em um condomínio fechado de luxo e isso não ser registrado na portaria. É ele [o síndico] quem deve responder essas perguntas, é o condomínio que deve dizer porque não disponibilizou as imagens para a filha da dona Silvanilde”, comentou o advogado.

Perícia

O delegado da DHS, Ricardo Cunha, informou que as imagens das câmaras do condomínio, já foram solicitadas e serão analisadas com todo cuidado. Uma segunda perícia será realizada no local do crime.

“Nós da DHS estivemos no dia no local do crime e estamos buscando todos os recursos que nos levem a pessoa que cometeu o crime”, disse o delegado.

Investigações

Mais de dez pessoas já foram ouvidas pela polícia na investigação sobre a morte da servidora da servidora federal Silvanilde Ferreira Veiga, de 58 anos, encontrada morta no sábado (21).

Para o perito criminal Ricardo Grana, do Instituto de Criminalista do Amazonas, primeiro a chegar no local do crime, a vítima conhecia o assassino.

“Pode-se presumir que sim [que Silvanilde conhecia o assassino]. A investigação que ainda vai determinar isso daí, mas pela ausência de arrombamento e luta, presumimos que seja alguém conhecido”, afirma o perito.  

Ainda segundo ele, além de não haver sinais de furto, arrombamento, nem de luta corporal, toda a ação ocorreu apenas em um cômodo da casa. De acordo com a perícia, a vítima levou 12 facadas e teve traumatismo crâniano.

“A dinâmica das manchas de crime não nos permite dizer que ela se deslocou. Foi tudo no mesmo local, talvez ela tenha tentado fugir antes, mas realmente não dá para dizer. Só podemos dizer que não houve uma luta”, ressalta. 

Segurança rígida

O condomínio onde morava a servidora federal e a filha possui um rígido esquema de segurança. Só há duas formas de visitantes entrarem ao local: acompanhado do morador ou por meio de um acesso via QR Code.

A segunda forma consiste no morador enviar um código QR Code para o visitante apresentar na portaria do condomínio. Neste código, há informações do visitante e do morador que liberou sua entrada, bem como é registrado o horário de entrada e saída do condomínio.

Outra forma de entrar no local, seria como entregador de delivery, que tem acesso no mesmo padrão de outros residenciais.

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