
A Petrobras e os trabalhadores da empresa fecharam um acordo, nesta sexta-feira, que encerra a greve dos petroleiros. A paralisação já durava 20 dias. O acordo foi anunciado e mediado pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho Ives Gandra Martins Filho, após reunião medida por ele, em Brasília.
“Celebramos um acordo entre a Petrobras e os petroleiros que põem fim à greve e ao dissídio de greve que estava aqui no TST. Conseguimos resolver a questão da tabela de turnos, conseguimos resolver também, de certa forma, a questão de dias parados e a questão das multas”, disse o ministro.
O acordo prevê que metade dos dias parados será descontada e a outra metade, compensada. A Petrobras aceitou rever a tabela de turnos, uma reivindicação da categoria, para atender “à vontade dos trabalhadores”.
A estatal também vai reter R$ 2,4 milhões das mensalidades dos sindicatos, como forma de multa. A multa original somava R$ 58,5 milhões.
Ficou marcada para a próxima quinta-feira uma reunião para discutir as demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), subsidiária da Petrobras, um dos motivos da greve.
A Petrobras já anunciou a “hibernação” da fábrica, isto é, a interrupção da produção no local.
De acordo com a estatal, a fábrica tem apresentado recorrentes prejuízos desde que foi adquirida. A paralisação da categoria começou em 1º de fevereiro.
Desde o começo, a pauta da greve era a abertura de negociação sobre o fechamanento da fábrica. Isso foi feito hoje — disse Cibele Vieira, coordenadora da Federação Única dos Petroleiros