
“Fumaça: qualidade do ar está perigosa. Todos estão mais propensos a experimentar efeitos adversos à saúde. A temperatura é de 33ºC, com sensação de 38ºC, e qualidade do ar – Índice de Qualidade do Ar (IQA) – 310” Essa é a situação climática de Manaus, na manhã desta sexta-feira (3), que continua encoberta por um forte névoa de fumaça provocada pelas queimadas dos municípios da sua região metropolitana, no resto do estado e até de cidade do Oeste do Pará, na região conhecida como Baixo Amazonas.
Segundo as informações do clima de hoje pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Manaus estava, às 9h, com um indicador numérico que representa o nível de poluição do ar – o IQA.
O indicador é calculado a partir de valores que variam de zero a 200 e o da capital amazonense chegou a 310, numa tabela de classificação da qualidade do ar, que pode ser boa, regular, inadequada, má ou péssima.
O IQA é baseado em alguns poluentes principais, como dióxido de enxofre, monóxido de carbono, etc. O IQA é usado para avaliar os efeitos dos poluentes na saúde da população e auxiliar as ações dos tomadores de decisão.
O Inmet recomenda que os manauaras usem equipamentos como máscara facial, purificadores de ar, mantenham portas e janelas fechadas e evitem fazer exercícios físicos ao ar livre.
A previsão do tempo é de ensolarado, máxima de 35ºC, mínima de 28ºC, noite de céu claro – se a fumça deixar – , ventos de 10km/h, umidade do ar de 52% e visibilidade de 4 km.
Itacoatiara
Em Itacoatiara – cidade a 250 km de Manaus pela rodovia AM-010 – também está numa situação similar a capital do estado com uma densa nuvem de fumaça das queimadas na região.
O sistema “Selva”, desenvolvido por pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), registrou um nível de poluição do ar atingindo 474.
A situação se agravou nos últimos dias após um incêndio atingir o lixão da cidade na última terça-feira (31). Os Bombeiros e a Prefeitura de Itacoatiara trabalham para conter as chamas no local, que se propagam rapidamente devido aos resíduos de lixo altamente inflamáveis, espalhando uma nuvem tóxica pela cidade. A prefeitura está investigando a causa do incêndio.
Além da poluição decorrente do incêndio no lixão, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Itacoatiara informou que a fumaça também são das queimadas na Região Metropolitana de Manaus (RMM) e de outros municípios.
O Amazonas encontra-se em estado de emergência ambiental devido aos incêndios no estado, que alcançaram um recorde alarmante de quase 4 mil focos em outubro, representando o pior número dos últimos 25 anos.
Além das queimadas, a seca severa é outro desafio enfrentado pelos amazonenses, afetando todas as cidades do estado e mais de 600 mil pessoas, de acordo com informações da Defesa Civil do Amazonas.