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Funcionárias da Semsa são presas por roubo no órgão


As fiscais serão autuadas por corrupção passiva, ativa, associação criminosa e tráfico de influência.


Celulares e computadores foram apreendidos para perícia 
Foto: Divulgação

Três mulheres que atuam como fiscais da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de 53, 44 e 35 anos, foram presas na operação “Risco Iminente”, em cumprimentos de mandados de prisão preventiva, por suspeita de envolvimento em esquema de corrupção no órgão, por suspeita de corrupção passiva, ativa e outros crimes em Manaus.

O trio cobrava propina para não autuar estabelecimentos comerciais que apresentavam irregularidades durante as ações de fiscalização. Diversos aparelhos eletrônicos apreendidos foram apresentados à imprensa na tarde de hoje.

As prisões ocorreram durante a primeira fase da operação “Risco Iminente” e foram efetuadas em cumprimento a três mandados de prisão preventiva. Segundo o titular da Seccional Centro-Sul, Rafael Allemand, as investigações tiveram início em fevereiro deste ano e foram solicitadas pela Semsa.

“De lá para cá, muitas provas foram produzidas, muitas pessoas foram ouvidas e confirmaram pagamento de propina, confirmaram serem donas de estabelecimento comercial. Em troca do pagamento, elas não foram autuadas. [O valor da propina] dependia do estabelecimento comercial, do tamanho da pessoa jurídica. Nos autos, temos quatro vítimas, que também serão indiciadas por corrupção ativa, que já prestaram esclarecimentos”, afirmou.

Ainda segundo Allemand, uma quarta servidora da Semsa está sob investigação e outras pessoas devem ser ouvidas nas próximas fases da operação “Risco Iminente”. Por conta disso, as três fiscais – presas na segunda-feira (22) não foram apresentadas à imprensa.

Nas casas delas, também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão. Computadores, notebooks e celulares foram apreendidos e devem passar por perícia.

As fiscais serão autuadas por corrupção passiva, ativa, associação criminosa e tráfico de influência.

Posicionamento 

Em nota, a Semsa informou que ao saber do teor dos crimes investigados pela Polícia Civil, o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi, determinou instauração de processo administrativo disciplinar para apurar no âmbito da Semsa as denúncias.

O procedimento respeitará os ritos administrativos e o direito à ampla defesa. As servidoras serão demitidas a bem do serviço público, se os crimes forem comprovados, conforme previsto no Estatuto do Servidor Público Municipal de Manaus.

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, manifestou preocupação com as prisões e declarou que “todo indício de má conduta de servidor que não condiga com os princípios do serviço público deve ser rigorosamente apurado e as providências cabíveis tomadas de maneira exemplar”.


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