Boicote aos jogos começaram nesta quarta-feira, pelos jogadores da NBA e a adesão de outras modalidades mostra que protestos antirracismo não serão passageiros
O esporte americano está paralisado em protesto contra o racismo e a violência policial contra negros. Horas depois de times NBA, liderados pelos dos jogadores do Milwaukee Bucks, anunciarem um boicote aos jogos dos playoffs, as ligas de beisebol e futebol masculino e feminino a tenista japonesa Naomi Osaka, número 10 do mundo, também foi responsável por paralisar o torneio de Cincinnnati.
Os protestos foram motivados pelo caso do americano Jacob Blake, um homem negro de 29 anos, que recebeu sete tiros de policiais na frente de seus filhos no último domingo, na cidade de Kenosha, Kenosha, no estado de Wisconsin. Ele sobreviveu, mas está com paralisia.
“Olá. Como muitos sabem, eu deveria jogar minha partida de semifinal amanhã. Porém, antes de ser atleta, eu sou uma mulher negra. E como uma mulher negra, sinto que há coisas mais importantes nesse momento que requerem imediata atenção, mais do que me assistirem jogar tênis”, escreveu a jogadora em suas redes sociais.
Nos Estados Unidos, o movimento dos atletas é tratado como um marco histórico. Desde a retomada das atividades, na esteira das manifestações em todo o país pela morte de George Floyd, no fim de maio, jogadores e equipes de diversos esportes, especialmente do basquete, protestam de diversas formas, ajoelhando, escrevendo mensagens do movimento Black Lives Matter nos calçados e uniformes.