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Gaza: ONU aprova resolução de pausa humanitária e liberação de reféns

O Conselho de Segurança da ONU aprovou, nesta quarta-feira, uma resolução defendendo a libertação imediata de todos os reféns mantidos pelo Hamas e também a implementação de um regime de “pausas humanitárias” na Faixa de Gaza. A proposta, apresentada por Malta, foi a primeira a ser aprovada pelo Conselho desde o início da guerra, no dia 7 de outubro.

Foram 12 votos a favor e 3 abstenções. Nenhum dos cinco países com assento permanente no Conselho de Segurança exerceu seu direito ao veto, como ocorreu em algumas das votações anteriores. Decisões confirmadas pelo órgão precisam ser observadas por todos os países que integram as Nações Unidas.

— Essa proposta de resolução que temos diante de nós hoje tenta oferecer esperança nesta hora difícil — disse a representante de Malta, Vanessa Frazier, minutos antes da votação. — [A resolução] tenta garantir uma pausa no pesadelo atual em Gaza, e dar esperança a todas as famílias de todas as vítimas.

Pela proposta, o Conselho pede que todos os mais de 200 reféns capturados pelo Hamas durante os ataques do mês passado contra Israel sejam libertados incondicionalmente, especialmente as crianças.

Ao mesmo tempo, o texto defende o estabelecimento de pausas humanitárias e a criação de corredores humanitários para permitir a passagem de bens e serviços necessários para garantir a segurança das crianças em Gaza.

A expressão “cessar-fogo”, que foi motivo de impasse em votações anteriores, inclusive na resolução apresentada pelo Brasil, não foi incluída desta vez — pouco antes da votação, a Rússia propôs uma emenda ao texto de Malta incluindo o termo, mas a iniciativa foi derrotada.

Um trecho do texto lembra da necessidade do incremento dos esforços para resgatar as pessoas que estariam presas nos escombros dos prédios atingidos pelos bombardeios — seriam centenas, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.

Por fim, a proposta exige que os envolvidos no conflito evitem ações que privem a população de Gaza do acesso a serviços essenciais e ajuda humanitária, e determina que sejam tomadas medidas para proteger funcionários de agências internacionais e “locais de importância humanitária” em áreas de combate.

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