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Gebran nega uso de mensagens roubadas da Lava Jato como defesa de Lula

Desembargador Gebran: “material não tem validade nem pode ter considerada sua “qualidade”

O desembargador Gebran Neto, relator da Lava-Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assinou nesta terça-feira (3) decisão contra o ex-presidente Lula, que tentava obter acesso às mensagens do Telegram de Deltan Dallagnol, roubadas pelos hackers de Araraquara, de modo a orientar sua defesa.

Para Gebran, o material não tem validade nem pode ter considerada sua “qualidade”:

“Deve ser assinalado que a sentença, cujas apelações pendem de exame nesta Corte, não foi proferida pelo magistrado cuja imparcialidade se procurar arranhar nas notícias jornalísticas, bem como que o exame que se fará decorre recai sobre os argumentos da partes e sobre as provas que estão encartadas nos autos, e não sobre pretensos diálogos interceptados ilegalmente que em nada contribuem para o deslinde do feito”, diz Gebran.

“ Por todo esse conjunto de fatores, sobretudo pela ilegalidade da obtenção do material e, por isso, sendo impossível o seu aproveitamento pela sua ilicitude, não há como acolher a pretensão da defesa”, complementa.

Ainda de acordo com o desembargador, “não há dúvida que o hackeamento de autoridades públicas por técnica conhecida como spoofing não configura material apto a ser considerado como prova no presente feito”, disse Gebran.

Leia a decisão de Gebran:

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