
Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal atendeu a pedido da defesa do presidente eleito Lula (PT) e mandou desbloquear imediatamente R$5,5 milhões do petista, que haviam sido retidos pela Polícia Federal durante a operação Lava Jato.
Mendes é o mesmo que se emocionou e chorou durante o julgamento para inocentar Lula, diante dos argumentos apresentados pelo advogado do réu na Lava-Jato. Na sua de decisão de ontem (9), ele escreve que Lula é uma vítima de “caprichosa e arbitrária perseguição”.
Em outra ocasião, Mendes reconheceu que, do dinheiro desviado da Petrobras, o PT desviou R$ 2 bilhões. Segundo ele, “o suficiente para financiar eleições até 2038”. Entrevistado pelo Jornal Nacional Mendes foi categórico: “por isso que se defende as estatais, não é para o povo brasileiro, é para eles”.
Lula é o beneficiário do dinheiro que esta em um plano de previdência no nome da ex-primeira-dama Marisa Letícia, falecida em 2017.
Para Mendes, após a anulação das condenações de Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pela Corte, não há motivo para a manutenção do bloqueio dos bens.
A determinação foi feita ao Tribunal Regional Federal da Terceira Região em São Paulo. Como o Supremo anulou as condenações de Lula na Lava Jato e suspendeu processos, Mendes afirmou que não há justificava para manter o bloqueio dos bens.
“O simples fato de o comando dispositivo da decisão cautelar ter se limitado a suspender a ação cautelar fiscal e demais procedimentos fiscais a cargo da Receita Federal do Brasil é algo que não milita em favor de uma manutenção ad eternum [para sempre] do bloqueio aos bens do casal, ainda mais sob a odiosa presunção de que todos os bens do casal seriam proveitos de atividade criminosa, consoante colacionado na peça produzida pela Bradesco Vida e Previdência S/A”, escreveu o ministro.