
O ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias chegou à sede da Polícia Federal, na Asa Norte, em Brasília, por volta das 8h40, na manhã desta sexta-feira (21), feriado de Tiradentes.
“Na data de hoje, a imprensa veiculou gravíssimas imagens que indicam a atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI”, escreveu Moraes.
Após a divulgação dos vídeos, Gonçalves Dias pediu demissão do cargo, na noite de quarta-feira (19). É a primeira baixa no alto escalão do governo Lula, pouco tempo depois de completar 100 dias.
Nas gravações é possível ver, além de Gonçalves Dias, militares do GSI, que são responsáveis pela segurança de autoridades e do Planalto, guiando os invasores para portas de saída, em clima ameno.
As imagens das câmeras de segurança do Planalto levaram o presidente Lula a convocar uma reunião de emergência com ministros do governo para tratar sobre o assunto. Estiveram presentes o vice-presidente Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio); Rui Costa (Casa Civil); Flávio Dino (Justiça), Alexandre Padilha (Relações Institucionais); e Paulo Pimenta (Comunicação Social).
Após essa reunião, Lula se encontrou a sós Gonçalves Dias. Foi quando o então ministro se explicou para o presidente e colocou o cargo à disposição. Mais tarde, em uma publicação extra do Diário Oficial da União (DOU), o governo oficializou o nome do atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, para assumir o comando do GSI de forma interina.