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Governador assina Lei do Gás que criará 49 mil empregos em 10 anos no Amazonas

O governador do Amazonas, Wilson Lima, sancionou nesta quarta-feira (17) a Lei do Gás que abre o mercado do produto para novos investimentos de empresaa do setor e criação de 49 mil empregos diretos e indiretos no estado, nos próximos dez anos.

A nova lei cria o Programa Estadual de Reestruturação e Ampliação da Distribuição do Gás Canalizado no Estado do Amazonas (PRADG). Ela é mais uma alternativa de modelo econômico para o Estado e dar novo fôlego para a Zona Franca de Manaus, que depende de decisões da política do governo federal.

Ela vai ampliar o roll de serviços da distribuição do gás canalizado e possibilitar o acesso da população ele em outros modais como combustível veicular, em residências e oportunidades de trabalho como mão-de-obra dentro dessa cadeia produtiva da exploração ao produto final.

Segundo o governador do Amazonas, esse processo já é uma realidade e começa a acontecer nos próximos dias com a entrada em operação de 180 carretas-tanques transportando gás para Roraima, em abril.

“As 180 carretas já estão sendo montadas para transportar gás. Estamos com uma estação para adptar esses veículos e de converter de estado gasoso para o estado líquido e levar para Jaguatirica, em Roraima”, anunciou Wilson Lima.

Para ele, a cadeia produtiva vem atraindo vários segmentos, que já demonstraram interesses em participar. “Imagina o ganho que vamos ter de ISS para os municípios, de ICMS e IPVA para o Estado, além de 700 empregos gerados na planta de Azulão pela Eneva, no município de Silves”, disse o governador.

Ainda de acordo com ele, cerca de 19 municípios amazonenses tem a perspectiva de exploração de gás natural. “Com a abertura hoje há uma possibilidade muito grande”, afirmou enfatizando que o Amazonas atualmente possui a maior reserva de gás, em terra, do Brasil.

“Eram coisas que estavam adormecidas. Temos possiblidades de exploração de gás natural em 19 municípios do estado. São impostos, além dos benefícios para a população, Hoje todas as térmicas são a gás, não tem mais termoelétricas e tiramos 200 carretas por dia de circulação por dia”, falou o governador se referindo a Manaus .

Para ele, esta quarta-feira (17) é histórica e a nova legislação só foi possível devido ao esforço conjunto e a participação de várias entidades, instituições como a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que fez o estudo de viabilidade econômica, e de órgãos públicos como o Tribunal de Contas do Estado (TCE), Tribunal de Justiça, e das secretarias de Planejamento e da Fazenda.

“Ao longo da história, a gente viu muitos projetos que construíram uma imagem, mas que efetivamente nunca aconteceram. Hoje nos temos um marco, uma alternativa para o Estado do Amazonas e que começa a acontecer, como citei, já no mês que vem com o transporte de gás para a estação térmica de Jaguatirica, em Roraima, por carretas transformadas aqui em Manaus para transportar o gás liquefeito”, finalizou.

Novas oportunidades

A nova legislação vai aquecer o mercado local com diversas atividades geradoras de trabalho e renda. O gás explorado será consumido na região e vai atrair empresas do segmento e seus derivados no comércio e serviços.

Da própria exploração de novos poços, até a ponta da linha onde está o consumidor, o produto vai mexer com a economia promovendo novos investimentos. Com essa abertura, há uma possibilidade muito grande postos de abastecimento de gás veicular, oficinas mecânicas para adaptação de veículos, entre outras atividades.

Saiba mais

A solenidade que marcou a sansão da nova Lei do Gás reuniu uma fauna política diversa na sede do goverdo estadual, na Avenida Brasil, Compensa.

Estiveram lado a lado forças políticas que no cotidiano dos trabalhos legislativos da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), travam embates frequentes no plenário e bastidores pelos mais diversos interesses.

Do conservador Belarmino Lins, o Belão, tido por muitos como “eterno” presidente daquela Casa legislativa, ao líder do Partido dos Trabalhadores, Sinésio Campos, hoje houve um concenso em torno da questão do gás.

Até a histórica pauta da privatização foi destatacada pelo petista para quem “nem tudo deve ser estatizado”. Não devemos abandonar os nossos sonhos, mas essa é a nossa nova matriz econômica, que está sendo implantada”, destacou sem esquecer das suas raízes.

Mas o que chamou a atenção foram as palavras de Josué Neto, ex-presidente da Aleam e tradicional adversário político do governador Wilson Lima.

Numa cena rara, ao lado do governador, ele adotou um tom mais cordial, conciliador, de reconhecimento sobre a questão da Lei do Gás e fez uma mea culpa:

“Governador quero expressar minhas palavras pelo projeto. As vezes, nós políticos, temos uma visão deturpada em querer ser protagonista e isso se choca com nosso espírito público. Esse é um momento histórico”, reconheceu o deputado.

Ainda seguindo nessa linha, continuou o parlamentar: ” Nossas falhas, nossos defeitos, de nós humanos. Há um ano e meio atrás (quando ele era presidente) a Aleam tratava desse assunto, bem antes levado pelo deputado Sinésio Campos, escolheram o caminho que não estava certo para nós, lá atrás não queriam que fosse aprovado pela nossa propositura, mas quis o destino que viesse pelas mãos certas”.

E finalizou o seu prounciamento afirmando que a “Aleam e Poder Executivo tomaram a decisão mais correta dos últimos 100 anos”.

Participaram da cerimômia, ainda, os deputados Saulo Viana, Therizinha Ruiz, Dr. Gomes, João Luiz, Adjuto Afonso, João Luiz e Alessandra Campêlo.



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