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Governador diz que não terá estrutura para receber doentes

O governador do Amazonas, Wilson Lima, disse na manhã desta sexta-feira que com a alta demanda de internações da capital, pela Covid-19 haverá um colapso no sistema. Hoje, o Amazonas tem 260 casos confirmados do novo coronavírus e 12 mortes.

Ainda segundo ele, o centro de referência para tratamento de pacientes com Covid-19 é o Hospital Delphina Aziz e mesmo não estando com a lotação máxima nos leitos, o risco de colapso é iminente, com possibilidade de não conseguir atender os pacientes. Hoje, entre casos de infectados pelo novo coronavírus e pacientes com síndromes respiratórias, 55% dos respiradores estão ocupados.

“Só nas últimas 24 horas, 23 pessoas se internaram com síndrome respiratória aguda. Dois hospitais da rede privada já nos comunicaram que já estão no seu limite, ou seja, não conseguem mais internar paciente com Covid, e cogitam transferir alguns pacientes para o Delphina Aziz”, anunciou Lima em entrevista ao vivo na CNN, nesta manhã. .

“Hoje estamos com 55% dos respiradores em uso, mas no ritmo em que as coisas caminham, há um risco de o sistema colapsar”, complementou o governador.

Direcionado apenas para pacientes de Covdi-19, o Delphina Aziz conta com 69 respiradores – equipamento chave para casos graves da doença. No final da noite desta sexta-feira (3), chegaram a Manaus outros 15 respiradores, vindos do Ministério da Saúde. Outros são esperados da rede privada. “Nós estamos trabalhando para que a gente possa aumentar nossa capacidade de atendimento. Nas próximas horas estaremos recebendo 33 respiradores, sendo 15 do Ministério da Saúde, que chegam ainda hoje, e nos próximos dias, 18, que já entram em fase de preparação e teste, que são da rede de saúde”.

Wilson, reforça a fala e apelo do secretário de saúde, Rodrigo Tobias, e da diretora-presidente da FVS, Rosemary Pinto, que, ao anunciar último balanço de casos e mortes, clamaram pelo isolamento social extremo no estado. “Hoje, todo mundo tem que dar sua parcela de contribuição. As pessoas têm que evitar que o vírus se propague com a rapidez com que ele está se propagando no Amazonas. É preciso que você fique em casa, e só saia se for extremamente necessário”.

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